
A USP integra uma nova rede internacional de instituições de ensino superior. No dia 23 de junho, foi assinado um acordo que criou a União Ibero-americana de Universidades, formada, além da USP, pela Universidad de Barcelona, Universidad de Buenos Aires, Universidad Complutense de Madrid e Universidad Nacional Autónoma de México.
O convênio foi assinado na cidade de Barcelona, na Espanha. No dia seguinte, os reitores das cinco instituições foram recebidos pelo rei da Espanha, Dom Felipe VI, no Palácio de la Zarzuela, residência oficial da família real espanhola, em Madri. O projeto conta com o apoio do Banco Santander.
A proposta é que a aliança se estabeleça como uma organização com voz própria para intervir nos núcleos de poder e decisão de seus respectivos países, por meio do desenvolvimento de pesquisas sobre temas de relevância estratégica, além da promoção de atividades de mobilidade acadêmica. As cinco instituições congregam, em conjunto, mais de 900 mil alunos de graduação e de pós-graduação.
Na cerimônia de apresentação do projeto à imprensa espanhola, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, destacou que os rankings internacionais não analisam o aspecto mais importante das universidades, que é a “relevância do grande impacto que têm sobre a vida de seus países e na sua região”. Para ele, “as universidades são as únicas instituições capazes de preparar os líderes para o futuro”.

O reitor da Universidad Complutense de Madrid, Carlos Andradas Heranz, considerou que a criação da rede representa uma “história de amor entre os cinco maiores universidades da Ibero-América, que têm grande potencial e grande capacidade de influência tanto em suas regiões quanto em seus países”.
Para o reitor da Universidad Nacional Autónoma de México, Enrique Graue Wiechers, as cinco universidades compartilham características em comum. “Todas estão comprometidas com a educação pública, cobrem praticamente todas as áreas do conhecimento, são essenciais para a investigação e têm vocação internacional”, analisou.
O dirigente da Universidade de Buenos Aires, Alberto Barbieri, destacou que “é fundamental trabalhar o ‘triângulo virtuoso’ formado pelo Estado, a universidade e as empresas”. Barbieri adiantou que a primeira atividade da União será uma conferência, na capital argentina, sobre os problemas das grandes cidades, que será realizada no final de novembro.
O reitor da Universidad de Barcelona, Dídac Ramírez Sarrió, também ressaltou a importância da promoção de debates sobre temas comuns às instituições. “Este conjunto não é um agregado de universidades, mas temos problemas e interesses comuns”, disse.
Outras Universidades poderão ser agregadas à nova rede, segundo Sarrió, desde que a indicação seja feita por, pelo menos, duas das Instituições fundadoras.
Instituto Pasteur
No dia 22 de junho, o reitor Marco Antonio Zago participou da 48º Conselho de Diretores da Rede Internacional do Instituto Pasteur, na cidade de Mâcon, na França. O reitor foi convidado a fazer uma apresentação sobre a parceria da USP com o Instituto Pasteur e destacou as principais áreas de pesquisa conjunta, tais como a força-tarefa de estudos relacionados ao zika vírus.
Zago também falou sobre a futura criação do Instituto Pasteur no Brasil, que deverá ser instalado no campus da Universidade, em São Paulo. O futuro Instituto Pasteur no Brasil pretende contribuir para soluções que visam ao bem-estar da população, com ênfase em saúde, por meio do desenvolvimento de uma rede científica de pesquisa biológica, biomédica e biotecnológica de nível nacional, regional e internacional, reunindo as competências complementares da Fiocruz e da USP e as potencialidades da Rede Internacional dos Institutos Pasteur (RIIP).