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Uma iniciativa desenvolvida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP no âmbito do Desafio USP Cidades Sustentáveis propõe a criação de um selo de identificação dos produtos agrícolas e alimentícios com origem no município de Piracicaba. A proposta faz parte do relatório Conectando agricultores urbanos e consumidores para o desenvolvimento sustentável em Piracicaba, encaminhado no dia 23 de março para a Secretaria de Agricultura e Abastecimento da cidade.
“Nossa proposta, desenvolvida de forma colaborativa entre Esalq e outras entidades parceiras, pretende reconhecer a importância do agricultor familiar e valorizar o produto local”, aponta a professora Thais Vieira, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição, que coordena a iniciativa. O relatório sugere o encaminhamento do projeto em três etapas, uma de implantação, outra de disseminação e uma de ampliação, e busca atender um dos objetivos da Universidade que é o de se aproximar das comunidades em seu entorno a partir de temas relacionados ao desenvolvimento sustentável. “Se colocado em prática certamente trará impacto socioeconômico para toda a região”, disse o vice-diretor da Esalq João Roberto Spotti Lopes.
Identificação de demandas locais
Após a aprovação do projeto no Desafio USP Cidades Sustentáveis, estudantes e pesquisadores mapearam legislações e iniciativas voltadas à valorização de produtos locais, no âmbito nacional e internacional e realizaram entrevistas com produtores e comerciantes locais nos pontos de vendas e varejões visando a identificar necessidades, demandas e percepções sobre um selo para produtos de Piracicaba. “Identificamos que esse público quer ser reconhecido e dar visibilidade aos seus produtos, mas a partir de uma identificação que inclua toda a cadeia e que o relacionamento com o consumidor aconteça de maneira acessível e ágil”, diz a coordenadora.





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O documento apresentado traz como sugestão a criação do Selo Produto de Piracicaba e, mesmo que essa proposta passe por modificações, a essência de valorização do território, da agricultura familiar, orgânica e agroecológica permanecerá, conforme a conclusão do projeto. “Espera–se que as informações levantadas componham a base para elaborar uma marca forte, na forma de selo, contribuindo para a valorização dos participantes do sistema, de suas raízes rurais e da riqueza do patrimônio material e imaterial de Piracicaba”, explica Thais. Ela também busca o envolvimento do setor de turismo de Piracicaba, que pode viabilizar pontos estratégicos para a comercialização dos produtos com o selo.
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Texto adaptado de Caio Albuquerque, da Divisão de Comunicação da Esalq
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