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Em março de 2020, a comunidade acadêmica buscou promover soluções que auxiliassem a sociedade a enfrentar a pandemia de covid-19. Uma dessas iniciativas, realizada na Escola Politécnica (Poli) da USP, foi o desenvolvimento de um robô hospitalar para entrega de suprimentos no Hospital Universitário (HU) da USP. Desde então, o projeto vem desenvolvendo diversas ações e hoje integra o núcleo de inovação tecnológica do HU. O grupo recebeu apoio financeiro do Fundo Patrimonial Amigos da Poli e os alunos desenvolveram estudos de iniciação científica no âmbito do projeto.
Para consolidar os aprendizados dos 18 meses de atividade, a equipe criou o Zima, um grupo de extensão que representará a continuidade do projeto do robô hospitalar e que vai garantir a manutenção da cultura e o conhecimento acumulado ao longo do projeto. “Zima é a parte da enzima que possui a força catalisadora. E realmente, acho que o grupo possui essa força catalisadora, trabalhando diretamente com a inovação em desenvolver equipamentos em saúde”, comenta o professor Leopoldo Yoshioka, um dos orientadores responsáveis pelo projeto.
Para Thomaz Akira Furukawa, um dos estudantes envolvidos, o projeto não sofrerá mudanças na área de desenvolvimento e idealização. “Alguns de nós [alunos] desenvolvem o projeto como iniciação científica e são bolsistas, então a nossa missão é manter alguns direcionamentos.” Eles querem a aproximação entre saúde e engenharia com mais membros consolidados. Para isso, no início de 2022, haverá um processo seletivo para a escolha de novos estudantes, focado em apresentar a iniciativa aos calouros e suscitar interesse em participar do grupo de extensão Zima. Para participar do projeto, o interessado deve entrar em contato pelo e-mail zimausp@gmail.com.
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De projeto a iniciativa de combate à covid
O robô autônomo teve início como um projeto de iniciação tecnológica em grupo, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), em que alunos de graduação desenvolveram pesquisas relacionadas ao projeto. Em 2019, Yoshioka reuniu os primeiros cinco alunos que deram origem ao projeto de um pequeno robô que fizesse entregas de suprimentos em hospitais. Com o apoio do Amigos da Poli, o laboratório e os equipamentos de pesquisa para o desenvolvimento tecnológico foram aperfeiçoados.
Em 2020, com o começo da pandemia de covid-19 no Brasil, o projeto foi redirecionado para auxiliar no combate ao vírus, como parte de um movimento da Poli e de toda a comunidade da USP, convidada a participar científica e academicamente no enfrentamento da doença. “Foi uma resposta da USP, como academia, demonstrando à sociedade que a ciência e o conhecimento são importantes, principalmente em um momento de crise”, comenta Yoshioka, que destaca muitos outros projetos e iniciativas, como a produção de vacinas no ICB e o sequenciamento do genoma do vírus em parceria com o Imperial College, em Londres, além do projeto Inspire de ventiladores mecânicos e outras inúmeras pesquisas sobre o assunto.
O professor destaca o papel da divulgação científica e institucional da Universidade, que impulsionou o projeto, atraindo os talentos que integram a equipe. Foi desta forma que a aluna Gabriella Arbulu Cury encontrou-o como uma opção de Iniciação Científica e, posteriormente, com a criação de redes sociais oficiais voltadas à divulgação dos trabalhos, viu aumentar a adesão de novos estudantes. “Muitas vezes, nós fazemos projetos muito relevantes e, às vezes, não conseguimos divulgá-los para toda a sociedade, o que pode ser uma perda imensa”, diz Yoshioka.
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Com a parceria com o HU, o projeto precisou de uma expansão na equipe, e o time triplicou de tamanho, contando agora com cerca de 15 alunos. Como grupo de extensão, os alunos responsáveis pelo projeto pretendem englobar estudantes de outros cursos e áreas além da Engenharia que auxiliem de maneiras diferentes. “Apesar de existir a necessidade técnica de estudantes de engenharia, isso não vai limitar nossa abrangência. Acreditamos que estudantes de outros cursos e áreas podem agregar de formas diferentes nos trabalhos realizados pelo projeto”, diz Gabriella. Um dos exemplos dessas conexões são os alunos de Medicina da FMUSP, que farão visitas ao laboratório para conhecer o trabalho e entrar em contato com o projeto.
Outro objetivo do grupo é conceber soluções que posteriormente possam ser multiplicadas e fabricadas em grande quantidade para atender o País. “É um desafio, mas o fato da Universidade não ter objetivo comercial, e sim de dar retorno à sociedade, amplia as chances de desenvolvimento que se pode ter. A Universidade visa à facilidade de uso e conveniência”, conclui o professor.
Para entrar em contato com o grupo escreva um e-mail para zimausp@gmail.com.
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Texto adaptado do site da Escola Politécnica da USP
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