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Acaba de ser publicado o livro Estudos do léxico: diferentes olhares e perspectivas (Editora Letra Capital, 202 páginas, em acesso aberto, livros digitais gratuitos), organizado por Marcus Dores, doutorando em Filologia e Língua Portuguesa pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, e Maryelle Cordeiro, doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A proposta do livro surgiu da necessidade de se criar mais um espaço para a reunião de trabalhos das diversas áreas das Ciências do Léxico – Lexicografia, Lexicologia e Terminologia –, com estudos dedicados à língua. Depois de um período em que os trabalhos ficaram suspensos, por conta da covid-19, os organizadores reuniram artigos que evidenciam como a área é bastante diversa e produtiva. “Esperamos que as discussões aqui levantadas possam incentivar e subsidiar, mesmo que aos poucos, mais discussões na área”, afirmam os organizadores.
O primeiro capítulo, com autoria de Simone Fonseca Gomes e Anna Ladilova, presta homenagem às vítimas de covid-19 e reafirma que, na área das Ciências Humanas (de maneira abrangente) e na área das Ciências do Léxico (de forma específica), é possível fazer pesquisas sobre esse assunto. O segundo traz A análise do ‘Minidicionário Soares Amora da Língua Portuguesa’, de Antônio Soares Amora, e a essencialidade da aplicação das Ciências do Léxico na produção dicionarística, por Bárbara Neves Salviano de Paula e Simone Dornelas de Carvalho. O terceiro, intitulado Teorias semânticas e a definição nos dicionários: uma análise de definições de termos referentes a aves em dois dicionários da língua portuguesa, de autoria de Kamila da Silva Barbosa e de Bruno Maroneze, também aborda questões da Lexicografia.
Pegou o bonde andando e quer sentar na janelinha!’: como ensinar expressões idiomáticas na perspectiva da Semântica Cultural? é o assunto do quarto capítulo. Com autoria de Jeander Cristian da Silva e de Geraldo José Rodrigues Liska, o artigo discute o valor linguístico e cultural das expressões idiomáticas. Na sequência, Filologia, ciências do léxico e línguas em contato: o Cadastro de Ensenada e o resgate pautado da onomástica galega, de Guillermo Vidal Fonseca, associa filologia e linguística, abordando relevantes informações sobre o manuscrito setecentista O Catastro de Ensenada – documento que surge como materialização de expressivos eventos e encerra em seu conteúdo a descrição dos habitantes, das propriedades territoriais, dos edifícios, do gado, dos ofícios, das rendas e de outras particularidades da Coroa de Castela.
O sexto capítulo, Onomástica antropológica: o ato de nomear a partir de uma perspectiva intercultural, de Lorenza Lourenço e de Evandro Cunha, coloca os nomes próprios como uma parte importante do léxico; e o sétimo traz texto de Fernando Hélio Tavares de Barros e de Lucas Löff Machado, O léxico toponímico da região de imigração alemã do Rio Grande do Sul: notas sobre a sua toponímia paralela. No oitava capítulo, Ilha Solteira – SP: uma análise toponímica da cidade planejada, de Ana Greice Moreira Penha, apresenta um estudo de caso de topônimos
Encerrando o livro, O sufixo -NTE no português: convergência e divergência na formação de deverbais no português europeu, brasileiro e moçambicano, de Graça Rio-Torto, relaciona, por meio de uma perspectiva comparada, dados linguísticos referentes à formação de deverbais no português europeu, brasileiro e moçambicano. Esse último capítulo, relacionando léxico e morfologia, aborda relevantes questões sobre processos de formação de palavras em três variedades da língua portuguesa.
Acesse o livro gratuitamente neste link.
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Texto da Assessoria de Comunicação da FFLCH, com informações dos organizadores e da Editora Letra Capital