Capes e USP assinam acordo para formar pós-graduados na área de Ciências da Reabilitação

Serão concedidas até 48 bolsas de mestrado, 20 de doutorado e 28 de pós-doutorado para o Programa de Pós-Graduação do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP em Bauru

 11/01/2023 - Publicado há 2 anos
Foto: Acervo HRAC-USP

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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a USP assinaram, no final de dezembro de 2022, um acordo de cooperação técnica de R$ 4,7 milhões para estimular a formação de recursos humanos para o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) de Bauru. A Capes, que já atua no HRAC com seus programas institucionais, identificou a necessidade de apoiar de forma estratégica o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, em função de sua contribuição na formação de excelência para o País e o impacto social que apresenta.

O acordo prevê investimentos ao longo de quatro anos. Do total investido, R$ 500 mil serão destinados a recursos de custeio, R$ 43,8 mil a recursos de capital e o restante para a concessão de até 48 bolsas de mestrado, 20 de doutorado e 28 de pós-doutorado. Atualmente, dos 124 alunos matriculados, 27 são beneficiados pelos programas institucionais da Capes, sendo 11 de mestrado e 16 de doutorado. Com o acordo de cooperação, o programa passará a receber o financiamento dos programas estratégicos da Capes. Para o HRAC, a ação será de extrema importância para a continuidade do trabalho de excelência, pois a falta de recursos é a principal causa de abandono do curso, apresentada por 66% dos alunos.

A investigação acadêmico-científica proporcionada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação já titulou 403 mestres e doutores de diversas partes do País. Avaliado com nota 5, tem características singulares, especialmente no atendimento local e reabilitação de anomalias craniofaciais. Interdisciplinar, o programa recebe alunos de diferentes áreas do conhecimento de todo o País, que reproduzem essa experiência no atendimento de sua região, e se diferencia também ao considerar os critérios de solidariedade previstos pela Avaliação da Capes, oferecendo apoio a instituições de outras regiões, principalmente Norte e Nordeste.

O hospital recebe apoio da Capes desde 1987, por meio de bolsas e recursos de custeio. O atendimento tem forte ligação com a investigação acadêmico-científica e técnicas desenvolvidas pelos estudantes e professores. Além disso, o HRAC contribuiu com a criação do Instituto Yaçuri da Amazônia, que conta com egressos do Centrinho, inclusive da diretora da instituição, que realiza, além de cirurgias de fissuras, o aconselhamento, apoio nutricional e fonoterapia, além de outros atendimentos a crianças da região.

Centro de referência

Fundado em 1967, o HRAC – reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e certificado como Hospital de Ensino pelos Ministérios da Saúde e da Educação –, também conhecido como Centrinho, é um centro de referência do País no tratamento da fissura labiopalatina, uma anomalia craniofacial que atinge uma em cada 650 crianças nascidas no Brasil. Além do atendimento a cerca de 130 mil pacientes, no local são formados profissionais de alto nível.

Cláudia de Toledo, presidente da Capes, afirmou que o acordo traz benefícios “não só para a Capes e para a USP, mas para toda a sociedade. Trata-se do reconhecimento do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação do HRAC como único no mundo, passando a identificá-lo como um programa estratégico. Em nenhum local do mundo se trata lesões craniofaciais com a excelência da formação de pessoas que existe na USP de Bauru”. A presidente destacou a condução do reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior à frente da USP e lembrou a importante gestão de José Alberto de Souza Freitas, um dos sete fundadores e liderança do HRAC por 45 anos.

Carlos Gilberto Carlotti Junior disse ter ficado “muito feliz que a Capes tenha identificado essa excelência em Bauru” ao olhar o Programa de Pós-Graduação de forma estratégica, e acrescentou: “Tenho planos muito bons para o HRAC. Será não somente um centro de lesões craniofaciais, mas passará a ser o carro-chefe do futuro Hospital das Clínicas de Bauru (HCB), o principal instituto dentro do desenvolvimento do HCB”.

Ivy Suedam, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação do HRAC, ressaltou que “trata-se de apoio nunca presenciado em nosso meio, mesmo por nossos docentes mais experientes”, e disse que o fato de o programa ser considerado estratégico “traz responsabilidades adicionais, como aumentar o número de alunos titulados, melhorar a qualidade das pesquisas e melhorar e aumentar a qualidade e quantidade de nossas publicações”.

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Texto adaptado da Assessoria de Imprensa HRAC, com informações da Capes


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