Universidades ainda convivem com casos de assédio sexual

O professor Glauco Arbix lamenta esse tipo de situação, que ainda ocorre em instituições de ensino superior, fala das dificuldades para apuração dos casos e de iniciativas para coibi-los, como as existentes na USP

 15/02/2022 - Publicado há 2 anos

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O tema desta coluna do professor Glauco Arbix é o do assédio sexual, que, segundo ele, atinge grande parte das universidades, “apesar de toda sensação de racionalidade que a gente vive nas universidades”, mas que ainda assim ocorre o tempo todo. O caso torna-se mais grave pelo fato de as vítimas de assédio muitas vezes não conseguirem levar adiante as suas denúncias. “Ficam traumatizadas, não recebem das autoridades e da universidade o necessário acolhimento”, enfatiza o colunista, que observa, contudo, que essa situação tende a se modificar com as várias iniciativas que vêm sendo tomadas pelas instituições de ensino superior, como a Unicamp, por exemplo.

Ele cita dificuldades inerentes ao processo de denúncia, como a falta de bancos de dados confiáveis, facilitando, por exemplo, que um professor suspeito de cometer assédio contra uma de suas alunas mude de universidade, impedindo, com isso, o prosseguimento do caso. Para evitar esse tipo de problema, Arbix sugere a criação de bancos de dados permanentes e intercambiáveis pelas universidades, os quais ajudariam a manter acesas as denúncias de assédio e a evitar o surgimento de atos de violência sexual. “Aqui na USP, já há algum tempo, a universidade tem um escritório exatamente voltado para dar esse tipo de atendimento.” O colunista se refere ao escritório USP Mulheres, atuante desde 2016, além de redes como a Não Cala USP.


Observatório da Inovação
A coluna Observatório da Inovação, com o professor Glauco Arbix, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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