Nesta edição da coluna Ciência e Esporte, o professor Paulo Santiago comenta como o tempo extra no futebol, mais conhecido como prorrogação no Brasil, impacta negativamente a recuperação física dos atletas. As táticas utilizadas hoje, como a imersão em água gelada e consumo de alimentos que auxiliam na recuperação, carecem de estudos mais aprofundados.
Segundo o professor, durante o tempo extra é nítida a redução de intensidade de jogo, do número de passes efetuados e da distância total percorrida. Contudo, diz que não é possível afirmar se essas informações estão relacionadas apenas ao desgaste físico dos jogadores ou se se trata de estratégia, devido ao curto período de tempo para os resultados esperados.
O professor Santiago diz que ainda há poucas informações científicas sobre as estratégias de recuperação no pós-jogo e recomenda os estudos Recovery following the extra-time period of soccer: Practitioner perspectives and applied practices e The demands of the extra-time period of soccer: A systematic review, que apresentam dados sobre a recuperação dos atletas em jogos com tempo extra e falam da importância de mais pesquisas sobre o assunto.
Para quem gosta do tema, a coluna Ciência e Esporte está aberta a sugestões para as próximas edições, que podem ser feitas pelo e-mail ou através de comentários no canal da coluna no YouTube. A única restrição é que sejam relacionadas à ciência e ao esporte.
Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Paulo Santiago, vai ao ar quinzenalmente sexta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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