O tema da coluna desta semana de João Paulo Lotufo é a maconha sintética, substância discutida em evento realizado na Unicamp sobre o uso de drogas. Esse tipo de droga, de acordo com o colunista, possui uma concentração de THC muito maior “e lesa o indivíduo com mais frequência”. Já se fala também da chamada maconha dos playboys, comum em baladas frequentadas pela elite de São Paulo, com cigarros a R$ 500, considerada uma maconha ainda mais potente. Em razão de tudo isso, o colunista defende a regulamentação do uso das drogas, “porque nós não vamos acabar com elas”. De acordo com ele, a informação é o principal legado de quem trabalha na prevenção ao uso de entorpecentes: “Informar cada vez mais o risco do uso das drogas”.
Lotufo alerta que, ao usar essa maconha mais potente produzida em laboratório, corre-se o risco de estar sujeito a efeitos mais potentes dessas novas drogas manipuladas que entram no mercado, que são mais caras e circulam na classes média e média alta da sociedade. De todo modo, a droga está em todas as camadas sociais e seu uso passa pela discussão de alguns tópicos importantes, como o da degradação da família, “fator importantíssimo para estimular o indivíduo a procurar outras alternativas”. Para Lotufo, não se pode fugir de um ponto comum, o da regulamentação do uso das drogas, “porque, senão, nós vamos criar um exército de pessoas lesadas cada vez mais”.
Dr. Bartô e os Doutores da Saúde
A coluna Dr. Bartô e os Doutores da Saúde, com o professor João Paulo Lotufo, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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