USP Analisa aborda pesquisas em neurociência

Norberto Garcia Cairasco e Artur Fernandes, da FMRP-USP, mostram que os estudos na área vão além da anatomia do cérebro

 30/08/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 16/02/2018 as 14:41
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Campo de pesquisas que se propõe a desvendar os mistérios do cérebro humano, a neurociência será o tema desta semana no USP Analisa. O programa entrevista o professor Norberto Garcia Cairasco e o pesquisador Artur Fernandes, ambos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

Segundo Cairasco, embora o termo “neurociência” seja relativamente novo, as pesquisas nessa área começaram na Idade Média, com Leonardo Da Vinci. “Muitas explicações que existiam nessa área vinham dos gregos e tinham cunho sobrenatural. Da Vinci foi um dos mais importantes estudiosos do tema. Ele realizou um experimento em que utilizou cera derretida para preencher o cérebro de animais e mostrou como os ventrículos cerebrais estão organizados”, explica.

Mas o estudo dessa ciência vai além da anatomia do cérebro e do encéfalo. “Dentro dessa grande área, a gente estuda o comportamento normal e patológico. Por exemplo, comportamentos entre mãe e filhos, relações interpessoais, hábitos, pessoas que têm tique. Todas as nossas ações refletem comportamentos, sentidos, sensações e emoções. Também estudamos o controle que o sistema nervoso exerce sobre outros sistemas. O cérebro não existe sem o coração ou o pulmão. Esses sistemas interagem entre si e modificam o comportamento do indivíduo”, afirma Fernandes.

Os pesquisadores também abordam a importância da divulgação científica para ampliar o conhecimento sobre neurociência ao público em geral e destacam algumas das iniciativas realizadas em parceria com o Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e o Instituto de Neurociências e Comportamento (INeC), como a Semana do Cérebro

“A ideia é justamente explicitar para as pessoas, sobretudo fora dos muros da universidade, o que é o sistema nervoso, o que é o cérebro, como ele funciona, como ele deixa de funcionar nas doenças e a importância da nossa atitude diária prevendo situações futuras”, diz Cairasco.

“A divulgação científica é fundamental porque se a gente não se faz ver, não consegue apoio da sociedade para pleitear mudanças e melhorias nesse campo. Acreditamos que a ciência e a educação são áreas fundamentais para o desenvolvimento do País. Eventos como a Semana do Cérebro têm justamente a intenção de desmistificar a ciência e mostrar que ela também pode ser feita em um contexto de socialização”, afirma Fernandes.

Por: Thais Cardoso, Assessoria de Imprensa do IEARP


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