Em sua edição do dia 8 de julho de 2017, o programa Manhã com Bach concluiu a apresentação da Missa em Si Menor (BWV 232), de Johann Sebastian Bach (1685-1750), iniciada no programa anterior. Como a obra tem mais de uma hora e meia de duração, ela foi apresentada em duas edições.
Concluída nos últimos anos de vida de Bach, a Missa em Si Menor está dividida em cinco partes: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei. No dia 8 de julho, o programa exibiu as três últimas partes da obra – o Credo, o Sanctus e o Agnus Dei.
O Credo recebeu de Bach o título de Symbolum Nicenum, numa referência ao Concílio de Niceia, realizado em 325 na cidade de Niceia, na atual Turquia, que estabeleceu os principais pontos da fé cristã: Deus é onipotente e uno, ele encarnou e foi crucificado, ressurgiu ao terceiro dia e voltará para julgar os seres humanos. É isso que é reiterado nos nove movimentos do Credo.
Já o Sanctus possui três partes, dedicadas a louvar Deus como santo: o coro “Osanna in excelsis”, a ária “Benedictus” e o segundo coro “Osanna in excelsis”. Finalmente, o Agnus Dei tem dois movimentos apenas, a ária “Agnus Dei” e o coro “Dona nobis pacem”, que exaltam o Cordeiro de Deus – Cristo – e pedem a sua paz.
A interpretação da Missa em Si Menor apresentada no programa é do Collegium Vocale, de Gent, na Bélgica, sob a regência do seu fundador, o maestro belga Philippe Herreweghe.
Como afirma o musicólogo austríaco Karl Geiringer, em seu livro Johann Sebastian Bach – O Apogeu de Uma Era (Editora Jorge Zahar), a Missa em Si Menor pertence ao número de documentos imortais em busca de verdades eternas pelo homem.
Ouça nos links acima a íntegra do programa Manhã com Bach transmitido no dia 8 de julho de 2017 e reapresentado no dia 9.