Na coluna de hoje (24), o professor Carlos Eduardo Lins da Silva comenta a situação dos correspondentes internacionais durante a pandemia. Ele conta que esses profissionais foram considerados por muito tempo a “elite do jornalismo”, mas que isso vem acabando, pois “poucos jornais no mundo conseguem se dar ao luxo de manter uma equipe no exterior”.
A pandemia agrava esse cenário na área da correspondência internacional, que já vinha sendo ocupada não por empregados fixos dos veículos, mas sim por freelancers. “Embora existam profissionais muito bons entre eles, o trabalho de quem se dedica a esse tipo de função tende a ser pior pela insegurança e pela necessidade que essas pessoas têm de arranjar outros recursos para sobreviver”, indica Lins da Silva.
De forma geral, o especialista acredita que o jornalismo passa por grande crise e que, pela pandemia ser um fenômeno global, é mais importante do que nunca que a sociedade tenha acesso a informações confiáveis, que ajudem na tomada de decisões e no enfrentamento desse desafio. Com a dificuldade de manutenção dos veículos, devido a questões sanitárias e financeiras, o jornalismo internacional passa por problemas, inclusive no combate à desinformação.
Saiba mais ouvindo a coluna na íntegra.
Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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