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A Casa da Arquitectura de Portugal, sediada em Matosinhos, abriu duas exposições dedicadas ao arquiteto e urbanista Paulo Mendes da Rocha, as quais, nas palavras do professor Guilherme Wisnik, são importantíssimas e marcam um momento de grande celebração mundial internacional daquele que foi celebrado, em vida, com todos os principais prêmios que um arquiteto pode ganhar. As duas exposições em cartaz celebram o seu trabalho. Uma delas, chamada Geografias Construídas, “faz uma abordagem bem ampla do trabalho do Paulo, com projetos de Eduardo Souto de Moura, então ocupa a nave principal da Casa da Arquitectura, com uma grande mesa contínua de dois lados, que abriga os principais desenhos dos projetos que foram escolhidos para exposição”. O público também pode ver maquetes e, nas paredes do perímetro da sala, são exibidos vídeos de Ciro Miguel e Felipe de Ferrari, que mostram as 12 obras escolhidas, que são o foco principal da exposição.

A segunda exposição está situada no térreo da Casa da Arquitectura e pode ser apreciada antes de se subir para a exposição principal, numa galeria menor, onde há uma pequena exposição com curadoria de Marta Moreira, arquiteta brasileira que trabalhou muito com Paulo Mendes da Rocha, e Rui Furtado, grande engenheiro português, que também trabalhou muito com o arquiteto brasileiro. “E os dois, conhecendo muito a figura do Paulo, resolveram complementar, apresentando uma exposição mais sobre a personalidade do Paulo, a figura dele, a eloquência dele, a sedução, o modo de expor suas ideias, então, nessa galeria menor, eles dispuseram uma série de cadeiras Paulistano, a famosa cadeira desenhada por ele, e aí o público pode se sentar confortavelmente e assistir a vários monitores em que há uma seleção de vídeos dele, falando dele, expondo suas ideias, desde reflexões sobre a técnica e a cidade contemporânea, a vida no planeta, até um comentário sobre o livro Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa […] é uma abordagem muito rica dessa personalidade sempre surpreendente, muito cativante, inteligente, desafiadora, que agora a Casa da Arquitectura apresenta ao mundo e é muito bom que o legado do trabalho do Paulo possa estar acessível desse modo a um público muito amplo.”

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