Neste episódio da coluna Ciência e Esporte, o professor Bruno Bedo comenta a respeito do impacto das partidas de futebol de elite nos níveis de imunoglobulina A salivar (s-IgA) e cortisol (s-Cort) nos atletas. A imunoglobulina A salivar, segundo Bedo, é uma proteína na saliva que ajuda a proteger contra infecções, e níveis baixos podem indicar um sistema imunológico enfraquecido em atletas. O cortisol salivar é um hormônio do estresse presente na saliva, e níveis elevados indicam altos níveis de estresse nos atletas, afetando seu desempenho e recuperação. Um estudo com pesquisadores de diferentes países, incluindo o professor Alexandre Moreira, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP em São Paulo, investigou como o status de titular ou reserva e o resultado do jogo influenciam esses biomarcadores.
Com relação ao cortisol, os jogadores titulares apresentaram níveis significativamente mais altos antes e após as partidas, indicando uma maior resposta ao estresse em comparação aos reservas. Já na imunoglobulina, os níveis não mostraram diferenças significativas entre titulares e reservas antes e após os jogos, mas uma redução significativa foi observada 48 horas após a partida para ambos os grupos.
De que maneira o resultado do jogo influencia esses biomarcadores nos jogadores? Segundo a pesquisa, o cortisol comprova que, após vitórias, os titulares mostraram uma redução mais significativa nos níveis de cortisol 48 horas após a partida; e na imunoglobulina A, os níveis aumentaram 48 horas após partidas vencidas para os titulares, enquanto em partidas perdidas ou empatadas, esses níveis permaneceram similares ou aumentaram para os reservas, destacando como o resultado do jogo pode influenciar a função imunológica.
Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Bruno Bedo, vai ao ar toda sexta-feira às 10h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.
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