Blog

Nesta edição da coluna Reflexão Econômica, o professor Luciano Nakabashi trata da eleição de Donald Trump à presidência dos EUA e seus efeitos sobre a economia americana. Entre as principais propostas do presidente eleito estão a questão do aumento de tarifas, a redução de impostos –  sobretudo para empresários – e também o controle sobre a imigração ilegal e deportação de imigrantes. Diz Nakabashi: “O mercado de trabalho americano já está bem apertado, está com uma taxa de desemprego muito baixa e aí você, com essa política de imigração, reduz a quantidade de trabalho na economia americana, porque são trabalhadores imigrantes que vão para trabalhar nos Estados Unidos e muitas vezes num trabalho muito pouco qualificado, que os próprios americanos não estão dispostos a estar ali, exercendo a profissão, então isso tende também aumentar preços, e quando você pensa em política fiscal expansionista, como redução de impostos, isso tende a estimular a economia e causar aumento de preço, ainda mais quando a gente pensa numa economia americana, que já está numa capacidade ociosa muito baixa e um desemprego muito baixo. Todas essas políticas vão no sentido de aumentar o preço, de aumentar a inflação nos Estados Unidos, de deixar os Estados Unidos menos conectado com outros países”.

Outro ponto abordado pelo colunista é o que se refere à crise ambiental. “O Trump é negacionista, ele não acredita nessa questão da mudança climática advinda da ação humana e ele vai reduzir recursos para pesquisa nessa área e para uma transição energética de emissão de menos carbono.” Essa política acaba respingando em países como o Brasil. “Essa parte climática acaba sendo muito importante, porque a gente já tem sentido bastante o efeito dessas mudanças em vários setores, a gente viu no Rio Grande do Sul, tem afetado a questão da seca, das queimadas, afeta muito a agropecuária, tem menor investimento em energias limpas, investimentos nessa transição. Isso vai ser muito ruim, vai tender a piorar de forma até mais acelerada essa questão climática, isso acaba sendo muito ruim para o País”, diz Nakabashi.

.