“Nos vemos sitiados em um país enorme, em um pesadelo permanente”

Palavras de Guilherme Wisnik ao fazer uma breve análise da atual situação de um país que se transformou, segundo ele, num pária internacional pela má gestão da covid-19

 18/03/2021 - Publicado há 4 anos

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Na coluna desta semana, o professor Guilherme Wisnik comenta a atual situação do País, imerso numa escalada sem precedentes de mortes – “mais de 2 mil por dia, em meio a um cenário de negacionismo atroz” – causada pela covid-19. Naquela que se tornou a pior gestão da covid no mundo, o Brasil acabou se transformando, nas palavras do colunista, num pária internacional. A sensação que resta é de melancolia, o que faz Wisnik lembrar de uma canção composta por Caetano Veloso, há 30 anos, a qual diz, num de seus trechos, que “a mais triste nação, na época mais podre, compõe-se de possíveis grupos de linchadores”.

Na época, o compositor referia-se à ocorrência de linchamentos pelo País. Agora, no entanto, a perspectiva é outra, “é como se aquela sociedade civil que praticava linchamentos tivesse se voltado contra si mesma, em grande escala e no âmbito da política, e feito um grande linchamento do próprio País, da República, da democracia, do Estado de direito e do apreço pela vida”. De acordo com o colunista, vivemos em Estado de sítio e em um pesadelo permanente.


Espaço em Obra
A coluna Espaço em Obra, com o professor Guilherme Wisnik, vai ao ar  quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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