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Fachada do Tanque de Provas Numérico. Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Fundo Patrimonial Amigos da Poli completa dez anos e continua crescendo
Tiago Michele Ziruolo discorre sobre a importância do fundo para o desenvolvimento de projetos na comunidade universitária
OFundo Patrimonial Amigos da Poli completa dez anos e é exemplo da importância dos fundos patrimoniais para as universidades. A idealização começou em 2009, quando um grupo de ex-alunos que estava retornando de um MBA (Master in Business Administration) utilizou como base os fundos patrimoniais americanos e pensou que poderia transportar essa ideia para o Brasil. A partir disso, o projeto começou a ser estruturado até se tornar algo concreto em 2012, sendo lançado com R$ 4,6 milhões, captados a partir de doações.
Os fundos patrimoniais são mais comuns em outros países. A Universidade de Harvard, por exemplo, possui um fundo estimado em US$ 37,6 bilhões. “No começo, eles também eram pequenos e foram crescendo até atingir esses bilhões. Nós começamos uma história como um dos primeiros aqui no Brasil a lançar esse tipo de iniciativa e já surgiram várias outras que olharam para nós e pensaram que também poderiam fazer. Ao longo desses dez anos, ajudamos mais de 50 instituições a estruturarem os seus”, comenta o presidente do Fundo Patrimonial Amigos da Poli, Tiago Michele Ziruolo.
Atualmente, o Fundo Amigos da Poli possui um patrimônio em torno de R$ 43 milhões. Ziruolo explica como ele funciona: “Você tem um patrimônio, ele não é tocado, é investido e seus rendimentos são utilizados para investir em projetos e gerar impacto através dele. Dessa forma, é garantido que esse patrimônio só cresça ao longo dos anos e se perpetue gerando sempre impacto”.
Tiago Ziruolo - Foto: Reprodução/LinkedIn
Com esse valor, o presidente do fundo descreve que o Amigos da Poli consegue investir aproximadamente R$ 1,3 milhão por ano na USP. Os recursos são investidos através de editais, abertos aos professores, alunos e funcionários. Nos editais, eles podem apresentar os seus projetos e, a partir de uma avaliação criteriosa, as melhores ideias são selecionadas para receberem recursos.
Áreas de impacto
Quatro grandes categorias norteiam os investimentos: projetos que revolucionam a didática de ensino e apresentam novas metodologias na escola, pesquisa científica e inovação, grupos de extensão e núcleos de estudo e, por último, as startups.
Outra área de atuação do fundo é o centro de carreira. “Foi um projeto que deu muito certo nos últimos anos, que faz uma ponte entre a academia e o mercado de trabalho”, aponta Ziruolo. É um local de desenvolvimento de programas que inserem o aluno em uma série de treinamentos, experiências, workshops e eventos, além de programas de estágio.
O presidente relata que a cada ano o Fundo Patrimonial Amigos da Poli beneficia cerca de 600 alunos. Ao longo dos anos, mais de 10 mil alunos foram impactados através desses programas. Além disso, 214 projetos foram financiados através desses editais e já são mais de R$ 5 milhões investidos na Escola Politécnica da USP. Ziruolo ressalta: “É um dinheiro que foi essencial para apoiar uma série de ideias que não aconteceriam sem esse recurso”.
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