O Metrô de São Paulo foi autorizado pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, que é quem cuida da Lei Cidade Limpa e analisa as propostas de nomes e marcas nos espaços, a dar o direito de nomeação das estações de Metrô da capital, por um período de 20 anos, para empresas. As estações vão receber um nome de uma marca, como já acontece no Metrô do Rio de Janeiro. A ideia é vender os “naming rights” das paradas ou até de linhas para empresas rebatizarem. A propaganda das marcas também será feita pelos áudios dos trens.
A colunista Raquel Rolnik disse estar surpreendida: “Muito estranho o Metrô, em plena pandemia, estar preocupado em aumentar a rentabilidade, inclusive essa foi a justificativa, em um momento em que perde passageiros frente à pandemia”, diz a urbanista. Muito tem se falado de aglomerações em estações e terminais de ônibus da cidade, fora e dentro dos trens e transporte público, justamente porque as pessoas precisam se locomover para seu trabalho, seja ele essencial ou não. Não há uma política pública nesse sentido, um ano depois da entrada da pandemia de covid-19 no Brasil.
Cidade para Todos
A coluna Cidade para Todos, com a professora Raquel Rolnik, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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