Líquido cerebral de camundongos jovens melhora a memória de camundongos mais velhos

O experimento foi feito em camundongos por cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos

 26/05/2022 - Publicado há 2 anos
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Pesquisa publicada na revista Nature no início deste mês identificou uma proteína no líquido cefalorraquidiano de camundongos que pode aumentar a capacidade de memória.

O líquido cefalorraquidiano, também conhecido como líquor, é composto de íons e nutrientes que banham o cérebro e a espinha dorsal. Essa função é essencial para produzir o movimento cerebral. “Mas, com envelhecimento, ele vai perdendo o seu potencial, e a pergunta que os cientistas queriam responder é se o cérebro de um animal idoso fosse banhado pelo líquor de um animal jovem, será que ele recuperaria a memória?”, explica Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP.

Para realizar o estudo, os cientistas submeteram os animais a um experimento de impacto que eles pudessem lembrar. Eles pegaram 18 camundongos de 20 meses e deram-lhes três pequenos choques na pata, justamente com flechas de luz e som. O objetivo era que os animais associassem os flashes de luz e som com a experiência desagradável.

Depois, dividiram os roedores em dois grupos: oito deles receberam um líquor de camundongos de dez semanas e dez receberam um líquido artificial para servir de controle. Depois de três semanas, os animais foram expostos aos mesmos flashes e sons do experimento com choques.

Estudos anteriores já mostraram que a transferência de plasma de animais jovens para idosos parecia ter algum efeito na melhora da sua capacidade cognitiva.


Decodificando o DNA
A coluna Decodificando o DNA, com a professora Mayana Zatz, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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