Cercamento de praça não irá conter circulação do coronavírus em São Paulo

Para Nabil Bonduki, cercamento da Praça Pôr do Sol, localizada na Zona Oeste da capital paulista, deveria ser repensado pela prefeitura e debatido com público frequentador

 04/03/2021 - Publicado há 4 anos
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Na edição de Cotidiano na Metrópole desta semana, o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, comenta o cercamento da Praça do Pôr do Sol, localizada na Zona Oeste da capital paulista. Nas próximas semanas, o espaço receberá grades definitivas após pedido da Associação Amigos do Alto de Pinheiros (SAAP) e da Associação de Moradores de City Boaçava. De acordo com o professor, a obra custará R$ 625 mil para a Prefeitura de São Paulo.

“A questão é polêmica e está gerando uma reação muito grande da sociedade, de pessoas que defendem o uso democrático e aberto do espaço público”, argumenta Bonduki. Para o urbanista, os problemas de uso inadequado da praça, que ocupa uma área privilegiada no bairro do Alto de Pinheiros, são esperados, entretanto, “esses problemas precisam ser resolvidos com gestão, com formas democráticas de debater a manutenção da praça”.

Nesse contexto, o professor lembra da existência da Lei de Gestão Participativa de Praças, que busca criar comitês de cidadãos que possam debater e discutir e, dessa maneira, criar condições para um convívio democrático nas praças de São Paulo. Para ele, a prefeitura deveria rever a decisão de cercar a praça, já que, se a intenção é evitar aglomerações, é necessária uma maior conscientização da população. “Não vai ser cercando uma praça que irá se conter a circulação do coronavírus em São Paulo”, finaliza.


Cotidiano na Metrópole
A coluna Cotidiano na Metrópole, com o professor Nabil Bonduki, vai ao ar quinzenalmente às quinta-feira às 9h00, na Rádio  USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção a Rádio USP,  Jornal da USP e  TV USP.

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