Campanhas melhoraram a conscientização da população no combate ao câncer de pele

É o que diz Nelson Ferrari sobre mutirão promovido pela Faculdade de Medicina da USP neste sábado, cujo objetivo é o de justamente prevenir casos da doença

 30/11/2023 - Publicado há 8 meses
A alta incidência solar e elevado número de habitantes são fatores que contribuem para a quantidade relativamente alta de casos da doença no País – Foto: Klaus D. Peter via Wikimedia Commons/CC BY 3.0 de
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O Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) realiza mutirão no sábado (2) para combater o câncer de pele, tipo mais comum da doença no Brasil. Essa é uma tradicional e importante campanha de conscientização e prestação de serviço. O mutirão acontecerá na Avenida Doutor Enéas Carvalho de Aguiar, 155, no conjunto hospitalar do Hospital das Clínicas, 5º andar, bloco 2B. 

Nelson Ferrari, médico chefe da Cirurgia Dermatológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e responsável pelo mutirão de atendimento, explica sobre os casos de câncer de pele e formas de proteção.

Conscientização 

Ferrari afirma que, ao longo dos anos realizando a campanha, foi possível perceber uma melhora na conscientização da população e que os meios de comunicação são fundamentais para disseminar as informações. O Brasil, entretanto, possui algumas particularidades: a alta incidência solar e elevado número de habitantes são fatores que contribuem para a quantidade relativamente alta de casos da doença no País. 

Nelson Ferrari – Foto: Reprodução YouTube

Segundo o médico, o corpo possui uma defesa natural contra a incidência solar. “Quando você toma sol, existem células que produzem um pigmento chamado melanina – o pigmento que dá cor à pele”, explica. Porém, dependendo da quantidade de sol que um indivíduo recebe, a produção de melanina não é tão rápida, o que causa queimaduras na superfície da pele. Ferrari ainda afirma que, quanto mais branca uma pessoa é, mais suscetível está a desenvolver um câncer de pele, por conta da baixa produção de melanina. “Se você tem uma produção maior, como os negros e os asiáticos, você tem uma proteção melhor, o que gera menos câncer de pele”, discorre. 

A exposição ao sol, de acordo com o médico, é fundamental por sua síntese de vitamina D e por sua eficaz ação antidepressiva. Mesmo assim, receber altas incidências de luz solar na pele não é benéfico, por isso é preciso se precaver. A primeira medida fundamental, segundo Ferrari, é, entre as 10h e às 16 horas, utilizar roupas que cubram a pele, como peças com mangas compridas e chapéus adequados. 

Nas áreas que ficam expostas, como mãos e face, o médico reforça a importância de utilizar um protetor solar, que serve como um complemento. “Meia hora antes de se expor [ao sol] é o ideal. Ele é um produto químico, que demora um pouco para estar ideal para agir. Em meia hora, duas horas no máximo, ele praticamente já foi consumido”, pontua. O protetor reage com os raios ultravioleta e, com o passar do tempo, o produto desaparece da pele. Por isso é importante reaplicá-lo. 

Mutirão

O mutirão receberá qualquer pessoa preocupada com a saúde da pele. O médico define como casos mais delicados aquelas feridas que não cicatrizam há meses e lesões escuras e abruptas que apareceram recentemente. Pessoas brancas que trabalham ao sol também são o público-alvo da campanha.


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