Avaliação precisa captar toda a criatividade presente na atividade científica

Apesar do tema ser delicado, é preciso continuar a pensar em maneiras justas e transparentes de avaliar os cientistas

 08/07/2021 - Publicado há 3 anos
Por

Logo da Rádio USP

Na coluna Ciência e Cientistas, o físico Paulo Nussenzveig volta a abordar a questão da avaliação dos cientistas. “O uso indiscriminado de indicadores cientométricos, como números de publicações, fatores de impacto de revistas, números absolutos de citações dos artigos e fatores h leva a distorções que têm sido denunciadas na comunidade”, aponta. “Resolvi retomar o tema, pois é preciso continuar a pensar em maneiras justas e transparentes de avaliar as pessoas.”

“Há outras questões que não abordei. Por exemplo, há aspectos muito atraentes no uso de critérios numéricos, por sua objetividade”, destaca o físico. “Se lembrarmos que as posições de direção na maior parte das instituições acadêmicas são ocupadas por homens brancos, em geral, não muito jovens, os riscos de discriminação de gênero ou discriminação étnica não podem ser desprezados. Assim, o uso de indicadores numéricos traz uma bem-vinda objetividade para evitar preconceitos.”

“Porém, a atividade científica é criativa e indicadores não capturam todas as suas dimensões”, afirma Nussenzveig. “Como conciliar a objetividade desejada, para evitar os riscos de discriminação, com a subjetividade inerente ao processo de geração de conhecimento?”


Ciência e Cientistas
A coluna Ciência e Cientistas, com o professor Paulo Nussenzveig, no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

.

.


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.