Nos últimos anos, o aquecimento global vem sendo uma preocupação cada vez maior não só para especialistas, mas também para a sociedade como um todo. Parte desse alerta está relacionada à percepção cada vez maior dos seus efeitos no cotidiano das populações ao redor do mundo. Com isso, pesquisas que buscam mensurar esse problema tornam-se ainda mais frequentes.
“O aumento de mortes atribuível ao aquecimento [global] já ocorre e é de uma proporção considerável. Varia conforme o país, conforme a localização e, no caso do Brasil, especificamente hoje, cerca de 1,5% das mortes naturais que ocorrem já são dependentes das alterações climáticas”, aponta o professor Paulo Saldiva.
Em sua coluna Saúde e Meio Ambiente, o professor lembrou que esse é um problema generalizado, cuja resolução depende de uma mobilização igualmente ampla: “Não temos planeta B. Será que nós vamos ter um entendimento global, uma governança global que controle tanto as febres traduzidas e induzidas pelos agentes infecciosos como a febre da Terra pelo aquecimento global?”.
Assim, com indícios que vão desde o aumento da temperatura global até a proliferação de agentes infecciosos, o aquecimento global tende a ser uma preocupação ainda maior com o passar do tempo. “Nós vamos ter que resolver isso, senão, como temos visto nos últimos anos, o preço a ser pago será pago por todos pela inação que temos tido, pela falta de comprometimento que temos tido nas últimas décadas.”
Saúde e Meio Ambiente
A coluna Saúde e Meio Ambiente, com o professor Paulo Saldiva, vai ao ar toda segunda-feira às 8h, quinzenalmente, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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