Os dispositivos tecnológicos hoje disponíveis, como celulares e relógios, podem servir como assistentes pessoais de saúde, um uso, inclusive, que está se tornando cada vez mais popular, graças aos aplicativos existentes para cumprir uma função médica. Pelo tamanho reduzido, o relógio apresenta algumas vantagens em relação ao celular, tanto que é usado por esportistas como corredores ou nadadores. O relógio, diz Luli Radfahrer, possui sensores para medir batimento cardíaco, pressão sanguínea, temperatura, nível de oxigênio, açúcar ou de álcool no sangue. Enfim, é um produto que pode ajudar muito, mas que se depara com um obstáculo: a privacidade.
“Hoje em dia, essa questão de privacidade é tão séria que, mesmo quando o produto é pago, o dado ainda é vazado, e dado de saúde vale uma fortuna e pode causar problemas sérios”, tendo potencial para eliminar uma vaga de emprego, causar um problema pessoal e expor o usuário a outros contratempos. Para isso (conter abusos) existe uma legislação. “Se você não tiver uma restrição da venda de dados, os caras vão sempre se aproveitar, mas a gente tende a ter um produto melhor, e, se você controlar esse problema da privacidade, você vai ter um aparelho muito mais legal.” Isso não significa, contudo, que esses aparelhos possam substituir os médicos, mas podem facilitar as consultas e o acompanhamento da saúde do usuário. O médico apenas vai dar sentido a todos os dados que o equipamento está lendo.
Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.
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