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“A cidade do México é fascinante, tem várias características que se assemelham com a cidade de São Paulo, mas também tem muitas diferenças”, comenta Martin Grossmann em sua coluna Na Cultura, o Centro Está em Toda Parte, na Rádio USP (clique e ouça o player acima). No mês passado, o professor foi convidado para participar de um seminário na Universidade de Guadalajara, onde integra o Comitê Científico do Centro de Estudos Latino-Americanos Avançados (Calas). “Esse evento, que deveria ter acontecido no período da pandemia, me deu a oportunidade de retornar e estender os meus estudos em relação à presença dos museus, em particular, na estrutura de grandes cidades”, explica.

Grossmann conta que a última vez que foi ao México, por motivos acadêmicos, foi em 2014. Agora, teve a oportunidade de retornar e ampliar  seus estudos sobre a presença do museu na estrutura de grandes cidades.

“Enfatizo também a importância de estar junto do convívio com outras pessoas, de viver outras histórias, outras realidades e a importância do presencial e do deslocamento”, observa. “Sair do Brasil e ir para outro país,  ter esta experiência no espaço-tempo é fundamental”, ressalta o professor. “Um país latino-americano, com características tão peculiares como o México, demonstra a importância da presença.”

Grossmann compara: “A cidade do México é um palimpsesto, no sentido de ser formada por várias camadas. E essas camadas o tempo inteiro transformam essa noção da experiência nesse lugar. É uma cidade que tem água por debaixo. Foi ocupando, assim como no Rio de Janeiro, essa grande lagoa e foi aterrando. É uma cidade flutuante de certa maneira, mas com uma história presente o tempo inteiro.”

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