
O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe Maria Celia Cervi, professora de pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e coordenadora do serviço de infectologia pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre a síndrome mão-pé-boca, que é infectocontagiosa.
O que é a síndrome mão-pé-boca?
A síndrome é causada pela infecção através de diversos vírus e a contaminação ocorre por meio de secreções nasais, saliva ou líquido das feridas que a doença pode causar. O paciente pode se infectar por contato com outra pessoa ou por objetos contaminados, “é mais comum em crianças pela forma de contágio”, explica a especialista.
Os sintomas iniciais se assemelham ao de uma gripe, podendo apresentar tosse, espirro e coriza. Caso a infecção persista, podem surgir sintomas de febre e lesões na boca, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Conta a professora, que a doença é mais transmissível durante a fase de lesões (exantemática); em casos raros, se algum enterovírus atingir a corrente sanguínea do paciente pode provocar meningite ou encefalite.
A duração da doença “depende da imunidade da criança e da carga de vírus que ela recebeu”, afirma Maria Celia, adiantando que, em média, a fase de contaminação leva de dez a 14 dias. Durante esse período, o tratamento é feito de acordo com os sintomas que a criança apresenta, “sem um antiviral específico”, pontua a especialista.
Edição: Rita Stella
Coordenação: Rosemeire Talamone
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