
O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Faculdade de Odontologia da USP de Bauru (FOB-USP), Cleide Felício Carvalho Carrara, para falar sobre a fissura labiopalatina, mais conhecida por lábio leporino.
A professora explica que a fissura do lábio ou do palato (céu da boca) é uma malformação congênita que atinge a face, sendo a segunda malformação mais comum. Fatores genéticos e ambientais podem ser causas da condição, que é multifatorial. Cleide afirma que o uso do tabaco, de bebida alcoólica e até de medicamentos para controle de epilepsia são fatores de risco para gestantes.
Além disso, Cleide diz que é possível identificar a fissura labiopalatina ainda na gestação, no exame de ultrassom. Dessa forma, a gestante já pode receber orientações sobre o tratamento da condição. Segundo a professora, quanto mais as estruturas são atingidas, mais complexos se tornam o tratamento e a reabilitação.
Estética, arcada dentária e a fala são atingidas pela fissura; porém, todas passíveis de correção através de tratamento. A cirurgia primária pode ser feita a partir do terceiro mês de idade na fissura do lábio e, a partir de 12 meses, na fissura do palato, explica a especialista.