
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano, entre 2020 e 2022, 13.780 novos casos de câncer de tireoide foram diagnosticados entre a população brasileira. No episódio do Pílula Farmacêutica desta semana, a acadêmica Amanda Pereira de Araujo, orientada pela professora Regina Andrade da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP fala sobre as alterações da glândula tireoide, problemas que essas alterações causam e os tratamentos existentes.
A acadêmica adianta que a glândula da tireoide é responsável pela regulação das funções de órgãos importantes no nosso corpo, como realizar a homeostase termogênica e metabólica, ou seja, o processo pelo qual o corpo mantém o equilíbrio interno de temperatura e funcione de forma saudável. Além disso, a tireoide produz hormônios como a T3 e T4 (tiroxina), além de agir na formação fetal. “A tireoide possui um formato de borboleta e se localiza na parte anterior do pescoço, muito próxima da traqueia”, explica.
Segundo Amanda, as alterações na tireoide são preocupantes quando encontrados nódulos maiores que 1 cm. “O diagnóstico dos problemas na tireoide é feito por meio de exames de sangue, que analisam a quantidade do hormônio regulador da glândula (TSH), do T3 e T4”, afirma a acadêmica.
O hipotireoidismo e o hipertireoidismo são exemplos de alterações na tireoide. De acordo com Amanda, o primeiro trata-se da diminuição da produção de hormônios T3 e T4. Já o segundo é uma alteração na tireoide que faz o contrário, ou seja, produz excessivamente os hormônios T3 e T4. “A forma mais comum do hipertireoidismo é a doença de Graves, que pode ser tratada por cirurgia, medicamentos antitireoidianos e iodo radioativo”, pontua.
Coordenação: Rosemeire Talamone