
Existem diversas formas para preparar administrações de medicamentos e a maceração é um método utilizado há centenas de anos, principalmente para plantas medicinais. O acadêmico Giovani Santos de Oliveira, orientado pela professora Regina Andrade da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, traz informações, neste Pílula Farmacêutica, sobre o processo de maceração de medicamentos.
De acordo com ele, a maceração é o processo de extração de princípios ativos de plantas medicinais ou outros produtos, utilizando um líquido solvente. “A maceração envolve a imersão do produto que se deseja extrair a substância medicamentosa em um solvente adequado, como água ou álcool, por um período de tempo específico. Durante esse período, os princípios ativos são dissolvidos no solvente, resultando em uma preparação líquida concentrada”, explica o acadêmico.
Além disso, Oliveira adianta que a maceração tem sido usada ao longo da história da farmácia para preparar medicamentos à base de plantas e extratos naturais. “É frequentemente utilizada na produção de xaropes, tinturas, soluções orais e preparações tópicas e permite a extração dos princípios ativos das plantas que serão utilizados em tratamentos específicos”, comenta.
Por fim, o acadêmico alerta ainda que um comprimido não deve ser macerado. Na diluição do medicamento, com o intuito de facilitar a deglutição do paciente, são usados os processos de trituração e partilha de comprimidos, técnicas que, segundo Oliveira, quando usadas de maneira errada, trazem riscos como, contaminação, alteração da estabilidade do medicamento, variações da dose adequada, entre outros. “Já a maceração é utilizada para extração de princípios ativos de plantas e é considerada tecnicamente mais complexa, um processo que requer conhecimento e orientação adequados”, finaliza.
Coordenação: Rosemeire Talamone