Pílula Farmacêutica #116: Novos tratamentos melhoram controle e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis

Apesar do desenvolvimento da ciência e de novos medicamentos, o uso da camisinha, feminina e masculina, continua a principal forma de prevenir essas doenças

 28/11/2022 - Publicado há 2 anos     Atualizado: 25/08/2023 as 10:45
Jornal da USP no ar: Medicina
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Pílula Farmacêutica #116: Novos tratamentos melhoram controle e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis
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Não é de hoje que as Infecções Sexualmente Transmissíveis, chamadas de ISTs, preocupam a humanidade. A busca por tratamento destas infecções percorre a história da medicina, desde o uso do mercúrio, que fez morte e loucura, até a descoberta e difusão da penicilina. Nesta edição do Pílula Farmacêutica, a acadêmica Amanda Pereira de Araújo, orientada pela professora Regina Andrade da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, fala sobre os avanços da ciência e da indústria farmacêutica para o controle das ISTs.

Amanda conta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) divide essas infecções em curáveis, como a clamídia e gonorreia, e não curáveis, como o HPV e HIV. A acadêmica alerta que apesar de todo indivíduo ter chances de contrair uma IST, alguns grupos são mais vulneráveis. Travestis e mulheres transexuais são os grupos mais discriminados quanto a estas infecções. 

Em relação aos medicamentos, Amanda informa que para o vírus HIV existem duas formas diferentes de tratamento. A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), que impede que o vírus permaneça no organismo, e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição), que é usada em casos de urgência. “Todos estão disponíveis no Sistema Único de Saúde, o SUS”, complementa a acadêmica.

Atualmente novos tratamentos surgiram para diferentes tipos de ISTs. Em 2018, dois tipos de medicamentos foram testados, a zoliflodacina e a cetriaxona, contra a gonorreia urogenital e gonorreia faríngea. A primeira apresentou 96% de eficiência e a segunda chegou a 100%. E este ano uma nova medicação injetável que previne o HIV foi descoberta, a cabotegravir. Apesar de ter sua eficácia já comprovada, “a novidade ainda não está disponível no Brasil e o seu custo é extremamente alto”, comenta Amanda.

Por fim, a acadêmica lembra que, para a proteção contra as ISTs, a discussão sobre sexo seguro é uma das principais ferramentas. “Difundir conhecimento sobre a importância do uso de camisinha, masculina e feminina, é imprescindível já que é a principal forma de prevenção”, alerta. 


Pílula Farmacêutica
 
Apresentação: Kimberly Fuzel e Giovanna Bingre
Produção: Professora Regina Célia Garcia de Andrade e Rita Stella
Coprodução e Edição: Rádio USP Ribeirão 
E-mail: ouvinte@usp.br
Coordenação: Rosemeire Talamone
Horário: segunda e quarta, às 10h40
Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS .
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