Momento Odontologia #29: Tratamento ortodôntico na idade adulta

O metabolismo ósseo frente a uma movimentação dentária é contínua, ou seja, existe uma remodelação constante em nosso organismo reabsorvendo e formando novo tecido ósseo quando uma força é aplicada. Isso significa, dentre outras coisas, que o uso o tratamento ortodôntico, isto é, de aparelhos fixos, móveis, transparentes e alinhadores pode ser realizado por adultos também

 19/08/2019 - Publicado há 5 anos
Momento Odontologia - USP
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Momento Odontologia #29: Tratamento ortodôntico na idade adulta
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Nesta edição de Saúde Bucal, com o professor Jorge Abrão, do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, o tema tratado será o tratamento ortodôntico na idade adulta. O professor Abrão comenta que uma das perguntas mais frequentes dos pacientes adultos que procuram tratamento ortodôntico é “posso fazer tratamento em qualquer idade?” A responta é “sim”, afirma Abrão, e acrescenta: “Porque o metabolismo ósseo frente a uma movimentação dentária é contínua, ou seja, existe uma remodelação constante em nosso organismo reabsorvendo e formando novo tecido ósseo quando uma força é aplicada”.

O professor explica também que os principais fatores que determinam a indicação do tratamento ortodôntico seriam: “As medidas preventivas em todas as especialidades odontológicas; o conforto e eficiência dos aparelhos atuais (aparelhos fixos, móveis, transparentes e alinhadores); um aumento das exigências estéticas no acesso às informações pela sociedade, e problemas funcionais que resultam muitas vezes em dores, principalmente na articulação temporomandibular (ATM)”.

O paciente adulto, geralmente, só procura o tratamento ortodôntico quando é indicado por outro especialista, relata Abrão. Sendo assim, aspectos importantes no paciente adulto a serem considerados são: a motivação e as características psicossomáticas. O paciente adulto deve ser muito bem informado desde o início do tratamento em relação aos limites biológicos e às reais possibilidades terapêuticas associados ao tempo de tratamento – que deve ser o menor possível. O profissional não deve fazer o diagnóstico somente baseado em análises cefalométricas, análise numérica e de modelos ou até mesmo em análises faciais.

O paciente também precisa ser informado sobre a variedade de recursos que podem ser utilizados além das vantagens e desvantagens, havendo sempre uma preferência sobre os aparelhos mais estéticos em adultos. Em resumo, os objetivos devem ser limitados à solução dos problemas da queixa principal do paciente além dos benefícios em relação à estética e à função mastigatória.

Ficha Técnica

Edição sonora: Gabriel Soares
Produção: Rosemeire Talamone e Leticia Acquaviva
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