
Na edição desta quinta-feira (1°) dos Novos Cientistas, o historiador Marcelo Vitale Teodoro da Silva contou detalhes de seu estudo em que analisou a importância histórica da população negra do bairro da Penha de França, em São Paulo.
Localizado na zona leste da cidade, o bairro mantém tradições, como os festejos que acontecem anualmente, no mês de junho, para reverenciar a memória da Igreja do Rosário dos Homens Pretos da Penha. “Essa irmandade negra, que nasce na segunda metade do século 18, foi o ponto de partida de meu estudo”, contou o historiador.
Sob a orientação da professora Maria Cristina Cortez Wissenbach, Marcelo Teodoro desenvolveu a pesquisa Territórios negros em trânsito: Penha de França – sociabilidades e redes negras na São Paulo do pós-abolição. O estudo destaca a importância histórica da população negra do bairro e suas formas de sociabilidade, lazer, organização política e as estratégias na luta contra o racismo nas primeiras décadas do século 20. “Destaco no estudo, especificamente, a década de 1930”, enfatizou o pesquisador.
Dentre as formas de organização e resistência da comunidade negra do bairro, o historiador destaca os times de futebol, as escolas de samba, que foram também importantes nas relações negras com outros bairros da cidade.