
Na Raia Olímpica da USP, localizada na zona oeste de São Paulo, um grupo de mulheres rema todas as semanas em um barco chinês no ritmo de um bumbo que leva na proa uma carranca de um dragão. Elas são sobreviventes do câncer de mama, doença que afeta milhares de mulheres todos os anos – só em 2018, foram diagnosticados cerca de 59 mil novos casos no Brasil.
Para marcar o Outubro Rosa, o Ciência USP conversou com a médica fisiatra Christina May Moran de Brito, coordenadora do Serviço de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), que trouxe ao Brasil o Remama, um programa de reabilitação de pacientes que passaram pelo tratamento quimioterápico e cirúrgico e têm no remo uma ferramenta de fortalecimento muscular, de combate à reincidência da doença e diminuição de linfedema (inchaços nos braços).
As remadoras que participam do Remama ajudam a desconstruir o mito de que pacientes após o tratamento não poderiam fazer grandes esforços físicos, nem carregar peso do lado em que sofreram a mastectomia parcial ou total para a retirada do câncer. Remar faz bem à saúde física e eleva a autoestima das mulheres sobreviventes de câncer de mama.
Também neste episódio…
Talvez você já tenha ouvido falar em placebo. E o “placebo honesto”, você conhece? Um pesquisador da Faculdade de Medicina da USP mediu o efeito dessa modalidade de intervenção sem princípio ativo no desempenho esportivo de mulheres ciclistas. E os resultados são surpreendentes.
Ficha técnica
Apresentação: Silvana Salles
Produção: Ivanir Ferreira, Alan Petrillo, Luiza Caires e Silvana Salles
Edição: Tabita Said, Thales Figueiredo, Beatriz Juska e Guilherme Fiorentini