
A professora Francirosy Campos Barbosa, do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, foi nomeada pelo ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Luiz de Almeida, como uma dos representantes da sociedade civil no Grupo de Trabalho para a apresentação de estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo, e para a proposição de políticas públicas em direitos humanos sobre o tema.
Para Francirosy o convite tem relação direta com o relatório de islamofobia que o seu grupo de pesquisa realizou. “O trabalho é muito dinâmico e tem todas as temáticas que você pode imaginar, envolve violência, racismo, etarismo, deficiência, todos aqueles temas que acabam sendo alvos de violência”, afirma a professora. Ainda de acordo com Francirosy, o trabalho no Ministério conta com a colaboração de diversos especialistas. “É um trabalho colaborativo, com essas temáticas todas. Eu me senti muito feliz de poder contribuir, porque além de trabalhar com islamofobia, também tem a questão da intolerância religiosa e a questão de gênero, que estão sempre dentro das minhas pesquisas. É um grande momento do Brasil esse esforço de pensar uma sociedade mais igualitária, mais justa, com menos preconceito, menos violência”, pontua.
Francirosy Campos Barbosa é antropóloga, professora e pesquisadora do Departamento de Psicologia da FFCLRP. Graduada em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, onde fez mestrado e doutorado em Antropologia. O pós-doutorado foi em Teologia Islâmica pela Universidade de Oxford. É pesquisadora do Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes (Gracias) e Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (Napedra) ambos da USP. Francirosy organizou a obra Olhares femininos sobre o Islã: etnografias, metodologias e imagens (Hucitec, 2010) e co-organizou a coletânea: Performance – Arte e Antropologia (Hucitec, 2010), além de ser autora do livro Performances Islâmicas em São Paulo: entre arabescos, luas e tâmaras (Edições Terceira Via, 2017).