Embora a corrida seja um exercício físico acessível e benéfico para a saúde, as lesões são comuns e podem impactar significativamente a qualidade de vida dos atletas, afirma o professor Bruno Bedo. Segundo ele, recentemente uma revisão abordou fatores de risco associados a essas lesões, com o objetivo de consolidar o conhecimento atual e guiar futuras pesquisas e práticas baseadas em evidências.
Quais são os principais fatores de risco para lesões relacionadas à corrida? A idade e o índice de massa corporal são frequentemente associados ao risco de lesões. Corredores mais velhos e aqueles com índice de massa corporal elevado têm maior probabilidade de sofrer lesões; o histórico médico, incluindo lesões anteriores, também aumenta o risco de novas lesões; a estabilidade do quadril e da pelve e os padrões específicos dos pés influenciam o risco de lesões. Como características do treinamento o professor cita: a frequência e o volume de treinamento são fatores significativos, treinos intensivos e de alta quilometragem semanal aumentam o risco de lesões, participar de maratonas ou iniciar a prática de corrida sem preparo adequado também eleva a probabilidade de lesões.
Como minimizar o risco de lesões relacionadas à corrida? Para Bedo, é essencial monitorar e ajustar a frequência e o volume de treinamento. Planos de treino individualizados podem ajudar a prevenir lesões; participar de programas de treinamento que incluem fortalecimento é fundamental, focar em exercícios de fortalecimento e estabilidade do quadril e da pelve pode prevenir lesões comuns, como a síndrome da banda iliotibial, manter um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e evitar o consumo excessivo de álcool, contribui para a prevenção de lesões. Ele finaliza apontando a importância de participar de outras atividades físicas de forma moderada e com supervisão de um profissional para auxiliar na redução do risco de lesões.
Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Bruno Bedo, vai ao ar toda sexta-feira às 10h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.
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