
Nesta quinta-feira, 29 de agosto, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) comemorou seus 68 anos de existência. A sessão solene, realizada no Auditório Prof. Dr. Rômulo Ribeiro Pieroni, reuniu autoridades da USP, do governo estadual, do governo federal, além de docentes, pesquisadores e alunos.
O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, destacou a localização privilegiada da Universidade e a importância de sua vizinhança para a produção científica. “Aqui, no campus da Cidade Universitária, nós temos grandes vizinhos, como o Ipen, a Marinha do Brasil, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas e o Instituto Butantan. Isso nos permite ter um ecossistema propício para o desenvolvimento da ciência, transformando a cidade de São Paulo em um grande hub de inovação mundial.”
“Temos diversos projetos de renovação e ampliação de nosso parque tecnológico em andamento, fruto dessa relação longeva e dedicada entre a USP e o Ipen, para que possamos responder aos desafios que a sociedade brasileira enfrenta”, reiterou Carlotti.
A superintendente do Ipen, Isolda Costa, ressaltou que “a USP, o CNPq e a Marinha são nossos grandes parceiros. Sem essas cooperações, não seria possível trabalharmos da melhor maneira para gerar tecnologia, produtos e conhecimentos científicos ao nosso País”.

O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, destacou os principais trabalhos encabeçados pelo Ipen, afirmando que “são projetos desenvolvidos aqui, no nosso País, é uma ciência nossa”. Já o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, Inácio Arruda, representando a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, celebrou os 68 anos do instituto, defendendo seu papel crucial no desenvolvimento da ciência brasileira.
Na solenidade, foi anunciado o vencedor do Prêmio Shigueo Watanabe de Melhor Tese do Programa em Tecnologia Nuclear Ipen-USP. O pesquisador Andrey da Silva Barbosa levou o prêmio com a tese Membranas de troca aniônica baseadas em polietileno aplicadas como eletrólito polimérico alcalino em dispositivos eletroquímicos, com a orientação da pesquisadora do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio do Ipen, Elizabeth Inácio Santiago.
Também foi revelado o vencedor do 8° Prêmio Ipen de Inovação Tecnológica, o pesquisador Almir Oliveira Neto, e outorgado o título de Pesquisadora Emérita para Linda Ehlin Caldas.
O instituto
Fundado em 1956 como Instituto de Energia Atômica, por meio de um convênio entre a USP e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ipen desenvolve pesquisas em várias áreas da atividade nuclear, proporcionando avanços significativos no domínio de tecnologias, na produção de materiais e na prestação de serviços de valor econômico e estratégico para o País.
Atualmente, é uma autarquia vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI) do governo do Estado de São Paulo e gerida técnica e administrativamente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do governo federal.
Localizado dentro da Cidade Universitária, o Ipen é uma entidade associada à Universidade para fins de ensino, sendo responsável pela condução de programas de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado, em parceria com a USP.
* Estagiária sob supervisão de Erika Yamamoto