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Com números que ultrapassam muitos municípios brasileiros, a USP tem peculiaridades que exigem cada vez mais o enfrentamento de desafios na busca da eficiência e inovação em seus processos.
Como atingir as metas de eficiência, por critérios legais, com prazos menores na tramitação de processos, melhor fluxo de informações e maximização do uso de recursos públicos, foi o premissa que norteou a primeira edição do workshop sobre Licitações e Contratos na USP, promovido pela Prefeitura do Campus de Ribeirão Preto (PUSP-RP) e pela Procuradoria Geral da USP, no último dia 21 de junho.
A iniciativa faz parte da política da atual gestão da Universidade para ganhar eficiência e celeridade nos processos e procedimentos associados a licitações e contratos.
Para o prefeito do campus, Américo Ceiki Sakamoto, a melhoria da eficiência na gestão da Universidade passa pela qualificação de seus dirigentes e servidores, que devem falar a mesma linguagem. Sakamoto considera que a promoção de “encontros de várias instâncias administrativas permite que os setores entendam o trabalho um do outro”.
Para o vice-reitor da USP, Antonio Carlos Hernandes, é necessário mudar a lógica e se aproximar cada vez mais do espírito de modernidade das corporações. “Não basta eliminar processos, é necessário refletir sobre eles”.
Hernandes lembrou a capacidade da USP na aquisição de serviços, o que lhe dá grande capacidade de negociação. “Nas grandes licitações queremos dar exemplo. Unidades e órgãos são muito diferentes, têm peculiaridades, mas o que os une é a USP. Então, planejamento e eficiência devem ser únicos”, destacou.
O dirigente adiantou que o Departamento de Recursos Humanos e a Coordenadoria de Administração Geral (Codage) terão grupo técnico para assessorar os dirigentes. A ideia, disse, é melhorar o processo e dar mais confiança ao dirigente e maior tranquilidade à Procuradoria Geral, a partir da organização e flexibilização dos processos e da criação de padrões que levem a maior transparência a partir de dados consolidados. “Nosso lema é uma USP cada vez mais digital, racional e eficiente, e todos são importantes para alcançar essa meta”, considerou.
A procuradora-geral da USP, Adriana Fragalle Moreira, enfatizou que a eficiência encontra limites legais e, nesse sentido, seu setor é aliado dos dirigentes. A procuradora lembrou que várias orientações padronizadas e modelos de minutas já existem nos boletins do setor e que caminham para um projeto ambicioso: ser 100% digital num curto espaço de tempo.
Smart Campus
O workshop faz parte das ações que a PUSP-RP vem implantando com o conceito de Smart Campus, que usa tecnologia para otimizar os programas já existentes. Áreas de inclusão social, segurança, infraestrutura, esporte, arte e ciência são agilizados, ao mesmo tempo que oferecem oportunidade de criar um ambiente propício para a inovação na gestão pública.
A ideia veio das Smart Cities, diz a vice-prefeita do campus e professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP), Claudia de Souza Passador. “Queremos que o campus forneça de alguma forma a integração entre as unidades, alunos e crie ambientes propícios para a inovação, inclusive do setor público que é muito negligenciado. E que isso resulte em qualidade de vida e bem-estar aos usuários. Queremos o desenvolvimento dos fatores humanos, tecnológicos e institucionais integrados”, afirma.
Claudia avalia que, para alcançar esses objetivos, é necessário discutir algumas áreas com a Reitoria para “iniciarmos uma série de eventos sobre questões comuns”.
O próximo evento será na segunda-feira, dia 25 de junho, com o superintendente do Espaço Físico (SEF) da Universidade, Francisco Ferreira Cardoso. “O escritório local da SEF foi incorporado pela PUSP-RP, e ainda trabalhamos com antigas demandas, tanto da Prefeitura quanto das Unidades. Achamos importante receber esses gestores e mostrar as peculiaridades de cada campus. Com isso, melhoramos a interlocução e o desempenho”, finaliza Claudia.