Novo diretor do Instituto de Geociências quer reformular graduação e fortalecer pesquisa

Caetano Juliani foi empossado como diretor do Instituto de Geociências ao lado do novo vice-diretor Carlos José Archanjo

 20/02/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 07/12/2020 as 10:31
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(Da esq. p/ dir.) O vice-diretor do IGc, Carlos José Archanjo; o reitor Vahan Agopyan; e o diretor do Instituto,  Caetano Juliani –  Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Reavaliar o currículo do curso de Geologia é uma das principais metas do novo diretor do Instituto de Geociências (IGc), Caetano Juliani, que tomou posse em cerimônia realizada no dia 19 de fevereiro, no anfiteatro Camargo Guarnieri, na Cidade Universitária, em São Paulo. No evento também foi empossado o novo vice-diretor do Instituto, Carlos José Archanjo.

O curso foi criado em 1957 e, segundo o novo diretor, “desde então tem tido papel inicialmente fundamental e ainda muito importante para o Brasil na formação de recursos humanos altamente qualificados para a indústria, órgãos públicos e instituições de ensino e pesquisa em todas as áreas das geociências”.

“Visamos a uma reformulação que possibilite uma estrutura mais dinâmica que conceda mais tempo aos alunos para o desenvolvimento de disciplinas integrativas focadas na resolução de problemas reais”, destacou Juliani em seu discurso de posse.

O IGc forma bacharéis em Geologia e licenciados em Geociências e Educação Ambiental, oferece disciplinas a várias Unidades de Ensino e Pesquisa da USP e conta, atualmente, com mais de 600 alunos matriculados.

Cerimônia de posse dos professores Caetano Juliani e Carlos José Archanjo nas funções de diretor e de vice-diretor do Instituto de Geociência – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Fomentar uma maior integração entre os grupos de pesquisadores do IGc também é um dos objetivos da nova gestão. O Instituto é reconhecido pelos estudos desenvolvidos na área de paleoclimatologia [estudo das variações climáticas ao longo da história da Terra], meio ambiente, contaminação de recursos hídricos e métodos de remediação, entre outros temas.

“As pesquisas acadêmicas feitas no Instituto ao longo de sua existência foram fundamentais para a compreensão da evolução geológica do Brasil e da América do Sul. Os estudos científicos sobre a Amazônia embasaram outros que, hoje, resultam em descobertas de depósitos minerais, especialmente de cobre, molibdênio e ouro”, afirmou.

O reitor da USP, Vahan Agopyan, ressaltou que “é um orgulho termos uma Unidade de excelência como o Instituto de Geociências. A USP tem a peculiaridade de não ser uma universidade centralizada. Ela funciona harmonicamente por meio de suas diversas Unidades, cada uma delas com sua cultura e sua história”.

O reitor falou sobre a criação, em 1934, da cátedra de História Natural na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), que foi o embrião do curso de Geologia. “O curso tomou corpo e, na década de 1960, com a reforma universitária, se tornou um Instituto e, de lá pra cá, só se fortaleceu”, disse.

Quem são

Caetano Juliani é graduado em Geologia pela USP e em Ciências Exatas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Fez doutorado em Geociências, na área de Mineralogia e Petrologia, no IGc. É livre-docente e professor titular em Metalogênese e Tectônica. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Metalogênese e Evolução Crustal, desenvolvendo pesquisas sobre metalogênese no Brasil e nos Andes, evolução de cinturões metamórficos e complexos acrescionários, alteração hidrotermal, vulcanismo, petrogênese, geotermobarometria e sobre depósitos auríferos epitermais e na parte sul do Cráton Amazônico.

Carlos José Archanjo graduou-se em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. É mestre em Mineralogia e Petrologia pela Universidade Federal de Pernambuco e doutor em Geologia Estrutural e Tectônica pela Université de Toulouse III (Paul Sabatier), na França. É professor associado do IGc e sua linha de pesquisa está voltada para estudos sobre alojamento de magmas, estrutura, deformação e evolução crustal.


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