Nova diretoria do Museu Paulista toma posse com o compromisso de ampliar seus espaços de ensino

A nova gestão pretende organizar futuros centros de pesquisas e estudos, que garantirão a continuidade das atividades de catalogação e conservação do acervo

 03/09/2024 - Publicado há 4 meses     Atualizado: 05/09/2024 às 9:32
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A cerimônia de posse foi realizada no dia 2 de setembro, no auditório do Museu do Ipiranga, e contou com a presença de dirigentes da Universidade, pesquisadores e representantes de diversas entidades parceiras – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Nesta segunda-feira, dia 2 de setembro, o Museu Paulista (MP) da USP – composto pelo Museu do Ipiranga e pelo Museu Republicano de Itu – empossou seus novos diretores. O historiador e docente do MP, Paulo César Garcez Marins, e a historiadora e docente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Maria Aparecida de Menezes Borrego, assumem os cargos de diretor e vice-diretora pelos próximos quatro anos. A cerimônia foi realizada no auditório do Museu do Ipiranga, espaço inaugurado após a reforma concluída em setembro de 2022.

Em seu discurso, Paulo Garcez fez questão de destacar o trabalho realizado a partir de 2013, quando o Museu do Ipiranga foi fechado para reforma, até a sua reabertura, pavimentando o caminho para que o museu pudesse ser restaurado sem prejuízos irreversíveis. “A opção pelo fechamento do museu, há 11 anos, diante da ameaça à vida e ao seu acervo, impediu que esse local tivesse um destino cruel, como o que se abateu sobre o Museu Nacional do Rio de Janeiro, que há exatos seis anos teve seu espaço destruído por um incêndio”, comentou o diretor.

Garcez lembrou que “este espaço onde estamos agora, o auditório, não existia até 2022. Ele é fruto de decisões, de trabalhos incansáveis, tanto por parte da nossa administração, quanto por parte dos homens e mulheres que estiveram envolvidos na parte estrutural da reforma”.

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Para o próximo quadriênio, o novo diretor destacou objetivos fundamentais para a ocupação do espaço do Museu do Ipiranga. “Assumimos o compromisso de revisar as demandas de espaços que devem compor futuros centros de pesquisas e estudos, que garantirão a continuidade das atividades de catalogação e conservação de nosso acervo, e a recepção de pesquisadores e alunos em programas de graduação e pós-graduação, mantendo assim a função documental e social do museu para a sociedade brasileira”, disse.

O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, reafirmou o importante trabalho realizado pelas diretorias anteriores – das ex-diretoras Sheila Walbe Ornstein, Solange Ferraz Lima e Rosaria Ono – para que o Museu do Ipiranga fosse reaberto para a comemoração do Bicentenário da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 2022. “Na sua reinauguração, assumimos o compromisso de nunca mais deixar que o Museu do Ipiranga tenha sua visitação interrompida por não termos cuidado bem de sua estrutura física. Manter a preservação em elevado nível desse museu é um compromisso com o povo de São Paulo e o povo brasileiro”, ressaltou o reitor.

Carlotti também destacou a atenção que foi dada à acessibilidade. “Esse museu e o Museu Republicano de Itu possuem recursos de acessibilidade capazes de ampliar seu alcance a todos os públicos, em especial os portadores de deficiências (PCDs). E isso se deve ao trabalho dos docentes e servidores que se dedicaram para a transformação desses museus tão importantes ao nosso País”, disse.

Na cerimônia, também estavam presentes a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda; a secretária-geral da USP, Marina Gallottini; a ex-diretora do Museu Paulista, Rosaria Ono; e o ex-vice-diretor Amâncio Jorge de Oliveira.

O diretor Paulo César Garcez Marins e a vice-diretora Maria Aparecida de Menezes Borrego – Fotos: Marcos Santos/USP Imagens

A nova diretoria

Paulo César Garcez Marins é historiador formado pela FFLCH e docente do Museu Paulista da USP, instituição da qual integra o corpo de curadores desde 2004. É orientador nos Programas de Pós-Graduação em Museologia e em Arquitetura e Urbanismo. Desenvolve pesquisas sobre representações artísticas do passado brasileiro em acervos musealisados e sobre políticas de preservação do patrimônio cultural no Brasil.

Maria Aparecida de Menezes Borrego é historiadora pela FFLCH e pós-doutora em História Social pelo Museu Paulista. Docente do MP e do Programa de Pós-Graduação em História Social da FFLCH, supervisora técnico-científica do Museu Republicano Convenção de Itu e coeditora do periódico Anais do Museu Paulista. Atualmente, desenvolve pesquisas sobre o trânsito de homens e artefatos na América Portuguesa e a produção da memória das monções.

A seguir, assista à íntegra da cerimônia de posse dos novos diretores do Museu Paulista.

* Estagiária sob supervisão de Erika Yamamoto


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