
Os blocos de Carnaval são um ótimo exemplo da persistência da música de tradição oral na contemporaneidade. E mais: esses grupos têm uma perspectiva crítica e aproveitam a grande festa popular para extravasar os problemas latentes na sociedade. É o caso de blocos com participação apenas de mulheres, que expõem os conflitos de gênero, e aqueles voltados para a valorização da cultura negra, como o bloco afro Ilú Oba De Min.
Essas são algumas observações feitas pelo etnomusicólogo Alberto Ikeda no segundo e último episódio da série Música de Tradição Oral no Século 21, que o programa USP Especiais, da Rádio USP (93,7 MHz), apresentou no dia 19 de junho de 2019. O primeiro episódio (disponível aqui) foi ao ar no dia 12 de junho de 2019.

Alberto Ikeda é professor aposentado do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e professor-colaborador da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.
A série Música de Tradição Oral no Século 21 teve roteiro de Vitor Ramirez, aluno do Departamento de Música da ECA e estagiário da Rádio USP. A locução e a montagem foram de Vitor Ramirez e do jornalista Gustavo Xavier, da Rádio USP.
O programa USP Especiais vai ao ar sempre às quartas-feiras, às 20 horas, com reapresentação no sábado, às 21 horas, pela Rádio USP.