
A revista Malala, publicação que aborda temas de política e religião no Oriente Médio, traz na edição mais recente (volume 6, nº 9, 2018) um dossiê temático sobre as diversas faces do fenômeno do fundamentalismo.
O número traz artigos, ensaios e resenhas que buscam entender a radicalização e a mobilização de movimentos fundamentalistas e jihadista no islã. No texto Uma perspectiva existencialista do fundamentalismo islâmico, de autoria de Victor Begeres Bisneto, há um diálogo com autores da literatura russa clássica, debatendo o niilismo e levantando ideias próximas ao existencialismo para entender o fenômeno. O autor João Gallegos Fiuza discute o apelo e o impacto fundamentalista sobre os direitos sociais e políticos das mulheres muçulmanas no ensaio The rise of fundamentalism in the muslim world and the impact on women. O ensaio de Priscila Lima Pereira e Rachel Campos faz uma radiografia do grupo terrorista Tehrik-i-Taliban Pakistan, cuja ideologia religiosa e influência persistem entre a juventude de áreas tribais do Paquistão.
A edição conta ainda com três entrevistas. O autor e articulador antifascista Christian Picciolini conta parte de sua trajetória de militante neonazista na juventude em Chicago até seu atual trabalho à frente de sua ONG Life After Hate. Shahid Butt, de origem paquistanesa, morando em Londres, fala sobre estratégias de recrutamento de jihadistas em regiões até hoje sensíveis para o Mundo Muçulmano como Bósnia, Afeganistão e Iêmen. O líder espiritual islâmico turco Fethullah Gülen responde, de seu exílio nos EUA, a algumas perguntas sobre a Turquia, o islã e seu movimento político-espiritual.
O conteúdo da revista na íntegra pode ser acessado no Portal de Revistas da USP.
Mais informações: e-mail malala@usp.br