Entre as doenças que levam à perda da visão estão o glaucoma e a degeneração macular. As duas afetam os neurônios da retina, responsáveis por transformar a luz que chega aos olhos em impulsos nervosos para o cérebro.
Carolina Del Debbio, enfermeira e professora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, estuda um processo de produção de novos neurônios da retina a partir de células que estão dentro do próprio olho.
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No olho existem células com potencial de regenerar a retina: as células do epitélio ciliar. Em condições específicas, elas se transformam em células-tronco e podem dar origem aos neurônios que precisam ser repostos para recuperar a visão.
Esse processo é comum em peixes e anfíbios. Em nós – e nos mamíferos em geral – ele dificilmente acontece.
Por quê? O alvo da pesquisa de Carolina é encontrar o que falta aos mamíferos ou o que impede que esse processo de combate à cegueira aconteça.
Micro-RNA
Ela já encontrou parte da resposta: alguns microRNAs. São pequenos pedaços copiados do DNA e que, em vez de servirem de base para a formação de uma proteína, eles impedem que as proteínas se formem. É um processo de silenciamento de genes.
Carolina é uma jovem pesquisadora financiada pela Fapesp
Reportagem e edição: Ana Paula Chinelli e Isabella Yoshimura. Imagens extras: Katharina Petsche (katharinapetsche.com) e YourGenome (yourgenome.org)