Cerca de 67% de todos os refugiados do mundo são da Síria, do Afeganistão e do Sudão do Sul

Em contrapartida, a Turquia, o Paquistão e a Uganda são os países que mais acolheram povos em busca de refúgio

 29/11/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 06/12/2019 às 10:23
Logo da Rádio USP

O número assusta: 70,8 milhões de pessoas foram forçadas a deixar seus locais de origem por diferentes tipos de conflito no ano passado. Desses, 25,9 milhões são refugiados e outros 3,5 milhões solicitaram reconhecimento da condição de refugiados e aguardam decisão. 

Os dados são do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Síria, Afeganistão e Sudão do Sul são responsáveis por cerca de 67% de todos os refugiados do mundo. Na outra ponta, Turquia, Paquistão e Uganda são os países que mais acolheram refugiados. Na América Latina, os países com maior movimento migratório nos últimos anos são El Salvador, Guatemala, Honduras, Haiti e Venezuela. 

O Brasil entrou no radar dos povos que têm buscado refúgio. Existem no País, oficialmente, 11.231 refugiados, mas a fila de espera é grande. São 161 mil e 57 solicitações de refugiados em trâmite, segundo o Comitê Nacional para Refugiados e a Polícia Federal. Embora a crise em países vizinhos, como a Venezuela e a Bolívia, tenha aumentado a procura por refúgio nas fronteiras do País, a Síria ainda é a nacionalidade de 51% dos refugiados no Brasil. 

A professora Cynthia Soares Carneiro, da Faculdade de Direito da USP em Ribeirão Preto, integra o grupo de Estudos Migratórios e Direitos dos Trabalhadores Estrangeiros no Brasil. Para ela, a situação dos refugiados requer atenção especial porque existem gargalos na legislação que dificultam a classificação de migrantes como refugiados. A professora fala que, apesar das dificuldades, há novidades em relação ao Brasil que passou a adotar a violação dos direitos humanos para reconhecimento da condição de refugiado.

Ouça no link acima a entrevista na íntegra.


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.