Começou no dia 16 de abril a segunda etapa de vacinação contra a gripe. O Ministério da Saúde informou que, até segunda (13), quase 19 milhões de idosos já haviam sido vacinados contra o vírus influenza na primeira etapa da campanha. Marta Heloísa Lopes, professora do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina (FM) da USP e coordenadora do Centro de Imunizações do Hospital das Clínicas (HC), explica que sempre foi importante se vacinar contra o vírus influenza. “Neste momento é mais importante ainda, porque temos um outro vírus, o sars-cov-2, que causa uma síndrome respiratória grave, que pode levar ao óbito”, esclarece a doutora ao Jornal da USP no Ar.
Os sintomas iniciais da gripe e da covid-19 podem ser semelhantes. Febre, mal-estar, dor pelo corpo, coriza e tosse seca são comuns a essas duas doenças. Mas a evolução pode ser bastante diferente. “O sars-cov-2, o novo coronavírus, evolui mais comumente para uma pneumonia, um quadro mais grave. Já o vírus influenza causa um comprometimento que chamamos de pneumonite, e normalmente é mais branda, mas pode evoluir para casos mais graves”, aponta Marta Lopes. A evolução é distinta, apesar de os sintomas iniciais serem semelhantes, já que a covid-19 causa falta de ar.
A segunda etapa da vacinação se destina a portadores de doenças crônicas, condição de vulnerabilidade para quadro mais grave de covid-19, além de funcionários do sistema prisional, indígenas, caminhoneiros e aqueles que trabalham em transporte coletivo. A médica explica que a vacinação contra o vírus influenza evita que as pessoas adquiram uma condição debilitada que possa facilitar a aquisição de outra infecção por vírus respiratório, como a covid-19. Marta completa, aconselhando que se fique em casa. “O isolamento social é a melhor medida, mas não deixem de se vacinar também”, finaliza.
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