Em todo o mundo, 30 milhões de bebês nascem prematuros por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde; desses, 1 milhão morre devido à prematuridade. Os que sobrevivem ficam com risco de desenvolver problemas de saúde ao longo da vida.
Segundo a OMS, até 2030, as vidas de 2,9 milhões de mulheres, de natimortos e recém-nascidos em 81 países poderão ser salvas, com a adoção de estratégias mais inteligentes. Uma delas é o útero artificial.
No próximo ano, o Hospital Pediátrico da Filadélfia, nos Estados Unidos, vai usar útero artificial em testes com bebês humanos pela primeira vez, depois de vários testes feitos com filhotes prematuros de ovelhas, em que foram reproduzidas as condições mais próximas possíveis de um útero real. Os resultados foram promissores.
O professor Lourenço Sbragia Neto, chefe da Divisão de Cirurgia Pediátrica do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, comemora o avanço e explica que o desenvolvimento do útero artificial, além de permitir reproduzir um ambiente semelhante ao útero materno, também vai proporcionar realizar cirurgia fetal sem colocar em risco a saúde da mãe.
Ouça no link acima a entrevista na íntegra.