Tecnologia permite melhor diagnóstico por endoscopia respiratória

Márcia Jacomelli explica que a realização do procedimento é segura e possibilita identificar diversas doenças, como tumores e infecções

 05/03/2020 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 06/03/2020 às 19:38
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Foto: Cecília Bastos / USP Imagens

Um método de diagnóstico que vem desde o século 19 ficou cada vez mais aperfeiçoado pelas tecnologias. Trata-se da endoscopia respiratória, que hoje permite a visualização das vias aéreas com uma câmera que gera imagens em monitores. Com auxílio de instrumento com fibra flexível, o exame permite diagnóstico preciso de possíveis alterações na anatomia e de diversas doenças, como tumores, infecções, estenoses, corpos estranhos, entre outras.

Passando por regiões das vias respiratórias superiores como no nariz, o exame endoscópico respiratório também pode mostrar como estão as fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia e até brônquios. “Todas as alterações nessa via respiratória são possíveis de serem observadas no monitor”, explica Márcia Jacomelli, professora responsável pelo ensino do Serviço de Endoscopia Respiratória do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em entrevista ao Jornal da USP no Ar.

Indicado para diagnóstico de tumores na cabeça, pescoço, laringe, faringe, entre outros, o paciente com suspeita de câncer passa por esse procedimento com coleta de material para análise, feita através de biópsia. Além disso, a professora diz que há uma série de outras indicações, como terapias endoscópicas, por exemplo, na ressecção de tumores, retirada de corpos estranhos aspirados e tratamento de sangramento de vias respiratórias. Assim, a endoscopia respiratória, com ajuda da tecnologia, está servindo cada vez mais para diagnósticos e também tratamentos.

“Quando o exame é mais simples na via respiratória superior (laringe e faringe), o procedimento pode ser feito em um consultório. Já ao fazer endoscopia respiratória, ou broncoscopia, é necessária sedação ou anestesia geral em ambiente hospitalar”, afirma Márcia. Isso ocorre porque, caso haja alguma complicação como sangramento ou pneumotórax (ar fora do pulmão), que é mais raro, o hospital já é equipado para medidas emergenciais durante e no pós-operatório. “Agora utilizamos um aparelho com fibra flexível, não precisando de uma sedação tão profunda. É um exame seguro e com taxa de complicações muito baixas. O paciente tem alta no mesmo dia em 99% das vezes.”

Ouça a entrevista na íntegra no player acima.


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