Setor privado pode contribuir para garantir preservação ambiental

De acordo com Neli Aparecida de Mello Théry, a sociedade como um todo deve estar envolvida nesse processo; para isso, empresas devem perseguir a responsabilidade socioambiental

 04/11/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 06/11/2020 às 12:46
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– Foto: Freepik

 

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A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, formada por bancos, empresas do agronegócio, acadêmicos, ambientalistas, entre outros, tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável no Brasil. A realização desse tipo de movimento por parte da iniciativa privada — de acordo com a professora Neli Aparecida de Mello Théry, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo — é “importante e necessária” para a preservação ambiental no País.

“Quando a gente fala de meio ambiente, é preciso que os setores produtivos, a sociedade como um todo, se envolva no processo, porque o Estado não consegue fazer tudo sozinho. Para criar um novo modelo econômico, por exemplo, florestal, que é o caso da Coalizão, é preciso que muita gente esteja envolvida”, comenta a especialista.

Apesar de ainda escassos, há outros exemplos de ações da iniciativa privada que buscam aliar a atividade econômica com a preservação do meio ambiente. É o caso da Mesa Redonda da Soja Sustentável, formada em parte por empresários, que, desde 2006, busca promover a produção, o comércio e o uso responsável da soja. Neli destaca: “É preciso pensar empresas que não tenham  como visão estreita o lucro, mas sim o lucro parametrizado com valores como a responsabilidade socioambiental, as inovações nas formas de gestão, o financiamento de projetos ambientalizados”.

Se, por um lado, é uma novidade o surgimento de ações da iniciativa privada que visam ao desenvolvimento sustentável, o atual governo brasileiro segue caminho contrário, ao se mostrar pouco preocupado com a pauta ambiental. “As estratégias que estão sendo utilizadas para o desmonte das instituições ambientais são muito bem pensadas, aí surge um outro tipo de coalizão”, ironiza a professora.

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