Medula óssea não tem relação com a medula espinhal

Doação da medula óssea pode salvar a vida de pacientes com diagnósticos de leucemias

 14/12/2018 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 17/12/2018 às 10:17
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Nesta edição do Anatomia Responde, o professor Luis Fernando Tirapelli descreve o termo medula óssea.

Segundo Tirapelli, os ossos possuem várias funções, como sustentar e dar forma ao corpo humano e proteger alguns órgãos, por exemplo, o crânio que protege o encéfalo, a caixa torácica que protege o coração e os pulmões, entre outros. Os ossos também armazenam sais minerais como cálcio e fósforo e constituem o aparelho locomotor em conjunto com os sistemas articular e muscular, sendo responsáveis pelo movimento e deslocamento do corpo que ocorre pela contração dos músculos do esqueleto; e também é o local que abriga a medula óssea.

(clique para ampliar) Visão de um osso longo mostrando secções transversais das suas extremidades (ou epífises) e da sua porção central (corpo ou diáfise). Neste último, observa-se a presença do canal medular envolvido por osso compacto, onde se localiza a medula óssea em maior quantidade

O professor explica que a medula óssea não tem nenhuma relação com a medula espinhal. “Medula é o termo utilizado para definir ‘o que está no meio’. Sendo assim, a medula óssea está presente principalmente em cavidade alongada localizada na parte central dos ossos longos, o chamado canal medular. Tem consistência pastosa e popularmente é denominada de ‘tutano do osso’.”

Para finalizar, o professor Tirapelli explica a função da medula óssea, que está relacionada à formação das células do sangue, sejam os glóbulos vermelhos ou hemácias, os glóbulos brancos e as plaquetas. “A doação de pequeno volume de medula óssea por indivíduos que são doadores compatíveis é um procedimento relativamente simples e muito importante, que pode salvar pacientes com diagnóstico de alguns tipos de leucemias.”

O boletim Anatomia Responde é produzido pelo professor Luis Fernando Tirapelli, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, e pode ser conferido na íntegra no áudio acima.


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