Saúde sem Complicações #10: Neuralgia do trigêmeo causa dores na fase

Como um choque, intenso e de curta duração, sintoma é resultado de compressão do nervo trigêmeo por um vaso sanguíneo e é mais comum em idosos. Pode impedir seu portador de praticar atos como encostar a lateral do rosto no travesseiro e mastigar um alimento pela forte dor que causa

 25/02/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 03/03/2020 as 12:46
Saúde sem complicações - USP
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Saúde sem Complicações #10: Neuralgia do trigêmeo causa dores na fase
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O nome é estranho, mas quem sofre com neuralgia do trigêmeo conhece bem a angústia das dores nevrálgicas pela face, mais particularmente na região malar (do osso da bochecha e órbita dos olhos) e mandibular. O quadro doloroso pode ser desencadeado por qualquer movimento: encostar a lateral do rosto no travesseiro; o vento na face; lavar o rosto e mastigar um alimento. O impacto na qualidade de vida dos portadores da doença é grande, como informa a professora de neurologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP Fabíola Dach.

Especialista em dor neuropática, Fabíola conta que essa neuralgia, também conhecida como “tic doloroso”, é “um comprometimento de um nervo sensitivo, o nervo do trigêmeo, responsável pela inervação da face”. Antecipa que as causas da doença podem ser várias, mas a forma clássica é resultado da compressão, feita por uma alça vascular (trecho de um vaso sanguíneo), de um de três ramos do nervo trigêmeo. Explica que o primeiro ramo é o frontal, enquanto o segundo e o terceiro ramo encontram-se nas laterais esquerda e direita da face. Mas que normalmente a doença é unilateral ou bilateral e, dificilmente, só em 5% dos casos, é frontal.

A causa mais comum é a compressão do nervo e em pessoas com mais de 50 anos de idade. Mas, alerta que existem casos que podem derivar de processos inflamatórios e de tumores, benignos ou malignos. Assim, é importante procurar o médico para avaliação. O diagnóstico é feito por um clínico que pode necessitar de imagens de ressonância magnética para confirmação. O tratamento, na maioria das vezes, é medicamentoso; mas, caso necessário, o paciente pode ser encaminhado para diferentes tratamentos menos invasivos ou, até mesmo, para cirurgia.

Apesar da forma clássica afetar mais comumente as pessoas mais idosas, crianças e jovens também podem apresentar a doença e fazer o diagnóstico mais preciso é o mais indicado.

Ouça o podcast na íntegra acima.


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