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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2015, apontam que no Brasil existe um total de 28 milhões de pessoas com surdez. Isso representa 14% da população brasileira. A OMS aponta que 10% da população mundial tem alguma perda auditiva e boa parte dessas pessoas teve a audição danificada por exposição excessiva a sons.
Ricardo Bento, professor titular de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina (FM) da USP, afirma que o número de pessoas com surdez no Brasil tende a aumentar por diversos fatores. Um deles é o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. O Brasil possui mais cidadãos idosos do que em décadas passadas, e como entre 60 e 65 anos o indivíduo começa a ter perdas significativas de audição, intensificada com o passar dos anos, é natural que a porcentagem de brasileiros que sofrem com a perda de audição seja maior em relação aos anos anteriores.
Outro fator, segundo o professor, é a exposição ao ruído “de modo geral e não só nas grandes cidades”. Ele cita que em locais de trabalho como oficinas mecânicas, metalúrgicas e pequenas indústrias, o risco de prejuízos à audição é maior, pela falta do uso de protetor auditivo e pela ausência de fiscalização eficiente. O otorrinolaringologista também cita o uso de aparelhos de som, fones de ouvido e celulares com volumes elevados, que “vão degenerando a audição, cronicamente e ao longo do tempo”. “Hoje, pessoas com 45, 50 anos de idade já começam a ter perdas de audição”, afirma.
Confira a reportagem na íntegra, acima.