O sistema penitenciário brasileiro é fonte para diversos descontentamentos entre a população e, dessa forma, é natural que escutemos pedidos de mudanças nas leis em torno do assunto.
Os projetos de lei são as ferramentas usadas para que isso possa ser possível, e o PLS 580/2015 visa a alterar a Lei de Execução Penal, criada em 1984, em que detentos teriam que custear as despesas derivadas do sistema prisional. Para o professor Luciano Anderson de Souza, do Departamento de Direito Penal, Medicina Forense e Criminologia da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, essa proposta é impossível de ser cumprida.
Para ele, essa medida não dará certo, justamente porque nossos presídios “não fornecem trabalhos e os poucos que têm trabalho são serviços que não possuem maior significado econômico para o preso quando ele sair do sistema prisional, e que não reverbera em uma maior possibilidade de emprego”.
No mundo, podemos encontrar diversos modelos de gestão penitenciária e um dos mais famosos é a norte-americana, que se baseia no total controle da execução penal através de empresas. “Há projetos de privatização de presídios e, concordando com isso ou não, pelo menos o governante está tentando uma solução e uma vontade política de tentar melhorar o sistema penitenciário”, comenta o professor.
Confira acima a matéria completa.